sábado, 28 de fevereiro de 2009

Cegos do Castelo

No Natal senti uma certa (auto)crítica por não ter muitas músicas em português no meu repertório. Não tem nenhuma que eu saiba de cabeça.

Em parte tenho a desculpa que as coisas em português que eu acho legais em geral são muito difíceis de tocar.

Outro dia a Renata me mostrou o clipe original da música Cegos do Castelo. O clipe é fantástico, dá até uns arrepios, uma pena que na época que foi lançado a MTV estava promovendo aquelas séries de acústicos e só divulgou o clipe do acústico.


Clipe de Cegos do Castelo com animação.

Então peguei a música, microfone nas coxas novamente e lá vamos nós. Não sei o que acontece, mas tenho a impressão que minha voz está cada vez pior. O violão ficou meio alto, mas acho que tá legal.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Direito à preguiça e acesso à ciência.

Exite um trabalho do Paul Lafarge, O Direito à Preguiça. É curioso que quando comento sobre isso quase todo mundo tende a me olhar feio. Interessante que como o próprio autor descreve: "tentam impôr um enobrecimento do trabalho, uma dignidade que não é real. Nunca vi ninguém voltar dum turno de 8horas com uma cara dígna."

É realmente disseminada essa noção de que temos que trabalhar muito, que querer descansar é sinal de fraqueza, que se contentar com o mínimo necessário à sobrevivência é sinônimo de dignidade. Enquanto isso, aqueles que disseminam esse tipo de ideologia podem passar o dia longe de jornadas insanas e trabalhos pesados.

Eu sou um dos que estão longe dos trabalhos pesados. Minha opção de vida foi pela ciência e a educação, não é carregar pedra, nem soldar carro, mas é uma jornada longa.

Para mim tem várias interseções entre "O Direito à Preguiça" e o trabalho científico. Primeiro que para alguém ter tempo de pensar em ciência, tem uma porção de gente que tem que estar ocupada plantando feijão.

Mas a intersecção mais importante é que o desenvolvimento científico deveria ser retribuido de maneira à facilitar a vida de todos, não do grupo privilegiado com dinheiro para usufruir do avanço.

Muitos vão questionar nesse ponto: Mas quem investiu em ciência tem o direito de ter o retorno.

E eu não poderia estar mais de acordo, mas quem investe em ciência? A grande maioria do dinheiro investido em ciência é público. Mesmo nos Estados Unidos (pátria mãe do capitalismo selvagem) o grosso do financiamento da ciência é público e nada seria mais justo que todos pudessem usufruir desses benefícios.

Entretanto, a realidade está longe disso, quando um avanço científico permite dobrar a capacidade produtiva das pessoas, metade da mão de obra é demitida, enquanto se pensarmos direito, todos deveriam ter a jornada reduzida para poderem aproveitar mais um pouco da vida ao redor.

Ir mais ao cinema, teatro, tocar um instrumento, praticar esportes, passar mais tempo com os filhos, estudar algo de interesse.

A ciência está cada vez mais enfurnada em sua torre de marfim, buscando patentes para beneficiar um grupo pequeno ou uma economia de mercado.

Gosto desse assunto, devo escrever mais algum dia.

Oh, raios!

Mais uma sugestão de lugar para ir. Putz, olhando pra quantidade de posts sobre comida parece que é só isso que eu faço da vida... não precisa responder.

Se for levar em conta que temos todos que fazer isso pelo menos 3 vezes ao dia então acho que está ok (3 vezes decentemente, interlúdios de castanhas, iogurte e frutas secas não contam).

Nunca fui fã de comida portuguesa, em parte pois sempre achei cara demais pelo prazer que proporciona.

100 paus por um prato de peixe seco?!? Tá loco!? Cheirou cueca!? Sabe quanto filé eu compro com 100 paus?!

Um tempo atrás um casal de amigos apresentou esse lugar pra gente, muito obrigado Rita e Cláudio.

Chama Empório Casa Portuguesa e fica ali em Pinheiros, R. Cunha Gago, 656. É pertinho da FNAC.

O atrativo são os pratos do dia, sempre umas opções boas de bacalhau por R$15,50. Como eu e a Rê somos comedidos conseguimos rachar um desses pratos e completamos com bolinhos de bacalhau e docinhos.

Tem uns pratos maiores para 2 pessoas que pela aparência dariam tranquilamente para 3.

O predinho simpático.


Pratinho e taça de vinho da Rê. Bacalhau à Gomes de Sá

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Às vezes o touro que ganha

Piada para começar o post de hoje.



Um homem de férias na Espanha foi assistir as touradas. Depois de assistir o espetáculo parou em um restaurante próximo à arena.

O restaurante tinha um prato chamado "Bagos del vencido". O garçon explicou que era um prato especial feito com os bagos do touro da tourada do dia anterior.

"É esse mesmo."

Comeu e estava uma delícia. Uns dias depois retornou ao mesmo restaurante e pediu novamente o "Bagos del vencido".

Terminado o almoço perguntou ao garçon:

"No outro dia os bagos eram maiores e mais saborosos, o que aconteceu?"

O garçon respondeu:

"Veja bem senhor, às vezes quem ganha é o touro."




Pois bem, é nesse espírito que começo o capítulo de hoje da Cozinha experimental. Nem sempre o que eu resolvo fazer sai direito, às vezes aparece o "omelete alcoólico" ou a "carne de porco do pântano".

Aqui temos o "tomate da fome" o que acontece quando junta: pouca coisa na geladeira, nenhuma vontade de cozinhar e pão-durismo puro.


Como fazer (sua própria conta e risco):

Pegue um tomate, corte em dois, tire as sementes e passe um sal.
Recheie com o que tiver encontrado na geladeira (no meu caso foi resto de carne moída e queijo ralado).
Leve ao microondas até ficar quentinho.

Coma queimando a boca porque você é um esganado e papila gustativa queimada não reclama do gosto.

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Celeron

Tenho uma birra com Celeron. Acho que é uma birra antiga da época em que ele foi lançado e era um processador de preço baixo e desempenho mais baixo ainda. Nunca consegui superar e minou totalmente minha confiança na Intel, fazer algo propositalmente ruim para ser barato me parece falha de caráter.

Hoje a internet conseguiu me mostrar que se olharmos direito, mesmo nossos mais entranhados preconceitos podem cair por terra.

E não é que encontrei um lado bom para o processador Celeron?

Girl Genius

Adicionei mais um link de coisa que eu gosto ali na lateral. É do webcomic Girl Genius. Uma série desenhada por Phil e Kaja Foglio. Alguns devem lembrar o nome das cartas de magic que os dois costumavam desenhar.

A série é um Steampunk. Cientistas malucos, intrigas, romance. Uma das primeiras coisas que olho todas 2as, 4as e 6as (dias das atualizações).

Quer conferir? O link está ali à direita, ou clique na imagem abaixo.

Compra de impulso

Fiz uma compra de impulso, não sei quanto tempo vai demorar, nem quanto vai custar no final (aiaiai), mas comprei uma camiseta no Cafepress. É da loja deles do Darwin Year e achei fantástico o design.



Engraçado que pela segunda vez pego uma inspiração do Full Frontal Nerdity e arrumei um cupom na internet para ter um desconto de $5 na minha compra.



Para quem não lembra, a primeira inspiração foi nesse post aqui: TecnoRPG

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Continuando o mínimo e a diferença

Um tempo atrás escrevi um post com esse nome (AQUI). Fiquei animado de ver que um amigo elocubrou um tanto a idéia inicial e escreveu uma resposta no seu blog.

Coloquei uns comentários por lá.

Sem mandioquinha revolucionária até aqui.

Ele começa a resposta aqui:

notimorleste:o-minimo-e-a-diferenca

Mas meus comentários estão mais por aqui:

notimorleste:o-minimo-pt-2-ou-o-cristao-espirita-agnostico-ateu

Bizzarro News - Adolescente rouba lap-top para checar Facebook.

Bem, a notícia era essa, leia mais aqui:

Teen_steals_laptop_to_check_Facebook

Katsuzen - o lado negro da cozinha japonesa

O Katsuzen é um restaurante japonês que fica na Barão de Iguape, 55 - na Liberdade, mas ele é diferente dos outros.

Nada de sushis, sashimis ou coisinhas grelhadas, a especialidade da casa são os katsus. Carnes empanadas, fritas e servidas com arroz e missoshiru.

Verdurinha de entrada, tava bem apimentada.

Gyu-katsu, filé a milanesa.

Uma das vezes anteriores que fomos ao Katsuzen ouvimos um diálogo divertido entre o garçon e uma cliente.

Tem salmão, como é o salmão?

Ele é empanado, frito e servido com arroz e sopa de missô.

ah... e o frango?

É empanado, frito e servido com arroz e sopa de missô.

Tá...e... vocês tem curry de frango. Como é o Curry de frango?

O frango é empanado, frito, fatiado e servido por cima do arroz com molho de curry.

Depois de uma breve pausa e sentindo a frustação da cliente o garçon tenta ajudar.

Olha, de light aqui só tem refrigerante, não usamos nem óleo vegetal, é tudo frito na banha como manda a tradição.


Prepare o estômago e vai lá que vale muito a pena, o prato de carna acima dá para uns 2 ou 3 e custou só R$30.

Curioso foi passear na Av. Paulista depois e dar de cara com essa manifestação por lá.


Posso continuar comendo carne e andar mais de bicicleta?

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Folha minimizando ditadura

Reproduzo abaixo email de um amigo que acho tratar dum assunto de extrema importância.

Caros,

Muitos de vocês já devem estar sabendo que a Folha de São Paulo, em editorial publicado no dia 17 este mês, minimizou os horrores do regime militar chamando-o de "ditabranda" , e que três dias depois respondeu de modo grosseiro e ofensivo às cartas de protesto da socióloga Maria Victoria Benevides e do jurista Fábio Konder Comparato. Por este motivo, um grupo de intelectuais lançou um abaixo-assinado / manifesto em repúdio à Folha e em solidariedade a Maria Victoria e Fábio Konder.

Transcrevo abaixo o texto do abaixo-assinado. Peço àqueles que concordarem que, por favor, assinem e ajudem na divulgação. Parece-me que atitudes como a da Folha têm sido cada vez mais freqüentes e não apontam para boas perspectivas em termos políticos. Diante delas é necessário que manifestemos o nosso repúdio.

A adesão pode ser feita neste endereço: http://www.ipetitio ns.com/petition/solidariedadeabe nevidesecomparat /index.html

Abraços a todos,

Gustavo

Uokatsu

Não estou xingando ninguém, nem blasfemando, esse é o nome do meu novo lugar favorito para comer sashimi (peixe cru). Apesar da decendência nipônica eu não sou um grande fã de peixe cru, acho muito caro pelo prazer que proporciona, mas no Uokatsu isso não é tão problema.

Primeiro que no meio das proliferações de rodízios de comida japonesa o Okatsu é um oasis para quem não está com planos de comer até ficar vesgo.

Eles servem porções de sashimi de 50g com preços variando de R$3,50-R$8, além disso, lá costumava ser uma peixaria, a variedade de peixes que eles preparam é impressionante, fugindo do salmão-atum-peixe branco genérico que se encontra por ai.

Tem também uma grande variedade de sushis, vendidos aos 4 ou por unidade (depende do tipo).

O Uokatsu fica ao lado do ginásio do Ibirapuera na Rua Manoel da Nóbrega, 1180.


Frente do Uokatsu



Balcão com sushis já prontos e os vários cortes de peixe.


Meu pratinho com atum toro e cavalinha.


Como acompanhamento vem o pepino curtido adocicado e pode pedir um missoshiru
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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Recarregando baterias

Finalmente depois de um tempão consegui jogar RPG de mesa na mesa. Já vinha jogando com meus amigos de Porto Alegre, mas dai eu era só a camerazinha em cima da mesa.

Realmente me sinto de baterias renovadas, depois de um tanto de fantasia estou pronto para mais um tempo de realidade.

Dessa vez pude voltar a mestrar. Foi uma aventura curta de D&D 4a edição. Gastamos um tempo pra passar pelos personagens e o combate foi meio casca até o povo se acostumar com os poderes e regras gerais.

Visão de como estava a mesa no comecinho da bagunça.

O Otávio tem um conjunto bem profissional de fichas para jogar poker, durante o jogo elas foram convertidas nos vários marcadores necessários, além de ajudar a delimitar as áreas no mapa de hexágonos.

Apesar da 4a edição usar um tabuleiro quadriculado eu prefiro hexágonos, só rolou muita discussão sobre os poderes de área.

Um dos combates usando as minhas miniaturas de MK e as fichas de poker do Otávio como marcadores.

No final o consenso é que os combates foram fáceis, na próxima aventura vou subir o nível e vamos ver o sangue rolar. Essa é a boa notícia, o jogo foi tão bem recebido que semana que vem tem mais.

Na volta pra casa mais uma cena saída direto da fantasia, um vagão de metrô só pra mim.


A volta pra casa, vagão de metro só pra mim.
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Quadrinhos

Post curto e seco, se você gosta de quadrinho vá aqui:

http://balak01.deviantart.com/art/about-DIGITAL-COMICS-111966969

e aqui

http://boubize.blogspot.com/2009_02_01_archive.html

É essencial!!!