quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sem Tetos Novamente

Ontem a tarde despachamos nossa mudança. Vai ficar armazenada por aqui em Natal até que a gente arrume um endereço em Santa Catarina.



A primeira vez que fiquei sem teto foi em Porto Alegre. Fui para lá começar o mestrado em 2002 e morei por uns dois meses em pousadas e no sofá da sala na casa do "filho do amigo do meu pai", o Diogo, que em pouco tempo se tornou um dos meus melhores amigos (ainda é).

Depois da pós em Porto Alegre retornei pra casa da minha mãe, então não teve período de sem-teto.



A vinda pra Natal também teve um curto período de morar em pousadas, mas dessa vez a esposa que resolveu meus problemas e arrumou um apê pra gente.

Agora estamos rumando para Santa Catarina com um emprego permanente em vista, dá uma sensação de "definitivo". Mas do fundo do meu coração espero que seja a última mudança de longa distância que eu faça na vida.

Até que pra alguém que não gosta de viajar que fui bastante nômade, hora de fincar raízes e Santa Catarina parece um bom lugar pra isso.

Restaurante de responsa

Tem restaurantes nessa vida que admiramos por motivos diversos.

Gosto de restaurantes japoneses que colocam wasabi no sushi.

Gosto de lugares que não colocam pimenta como se pedissem desculpa.

Gosto de cafés onde os frequentadores parecem que trabalham em algum momento do dia.

Passamos em frente de um restaurante em pipa e admirei pela coragem.



Não comemos e pretendo nunca comer lá, mas tenho que admirar algum lugar que coloque como primeira opção do cardápio pintado na parede : Fígado acebolado.

Tem que ter muito culhão.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Borboletas

Uns tempos atrás estávamos com 3 membros da próxima geração da família no carro. Gabriel, Sophia e Giulia.

Lá pelas tantas começamos a cantarolar com as crianças e para desgosto dos outros adultos ensinei pras meninas a música da velha a fiar.

Pra quem não sabe, é uma canção popular que virou o primeiro video clipe brasileiro em 1964 (a música mesmo começa lá pelos 2:20):



Depois começamos a inventar, com outros animais, nomes de parentes e por fim a versão escatológica que as minhas priminhas ainda estão cantando.

Estava o Gabriel a nanar,
veio o coco lhe incomodar,
Coco no Gabriel, Gabriel a nanar.

Estava o coco no seu lugar,
veio o pum lhe incomodar,
pum no coco, coco no Gabriel, Gabriel a nanar.

Estava o pum no seu lugar,
veio a rolha lhe incomodar,
rolha no pum, pum no coco, coco no Gabriel, Gabriel a nanar.

Estava a rolha no seu lugar,
veio o dedo lhe incomodar,
dedo na rolha, rolha no pum, pum no coco, coco no Gabriel, Gabriel a nanar.


Minha imaginação estava acabando e pedi ajuda. A Giulia sugeriu um anel (anel, dedo, tem algo a ver). A Sophia falou borboleta.

"Borboleta Sophia? Que que tem a ver borboleta?"

"Eu gosto de borboleta."

Vai discutir com uma lógica dessas. Bom que já estávamos chegando e a música acabou.

Mas o "Eu gosto de borboleta" virou um mote entre eu e a Renata, para ser usado em qualquer momento inapropriado.