sábado, 23 de janeiro de 2010

Bueno

Minha primeira impressão do Bueno é que era um lugar só para os iniciados. Eu estava passando batido pela porta fechada quando a Renata me puxou:

"É aqui Dan, 458."

Não vi o número de primeira, era uma porta preta fechada, abrimos e a primeira impressão se desfez. A dupla atendendo são bem simpáticos, uma japonesa boa de conversa e um gaijin que com certeza fala mais japonês do que eu.

Sentamos no balcão e nos explicam que a casa tem uma consumação mínima de R$20 homem, R$15 mulher. Olhando os preços do cardápio dá pra sacar que é fácil gastar isso. Acho que tanto a porta fechada, quanto a consumação é para evitar que alguém trate o local como buteco.

No balcão algumas travessas com as entradas, frango, sardinha, porco, maionese, soja, kimchi (que eles falam kimuti), aspargos com shimeji.

Pedimos uma porção de porco, kimchi e sardinha. O porco é fantástico, o kimchi é apimentado e cai bem com a cerveja, a sardinha tava excelente, mas eu sou suspeito pois adoro sardinha.

Para prato principal foi um TchankoNabe de porco e missô. Um cozido de porco, tofu e vegetais com um caldo temperado com missô. Comida de sumotori (lutador de sumô), nutritiva e gostosa.

Saímos felizes de lá e com vontade de ter comido mais.

Hoje resolvi ir ao Bueno novamente. Infelizmente a Renata está em Bauru, então não pode ir. Chamei a minha mãe e alguns tios aqui de São Paulo. Decidido a fazer um post aqui no blog levei até a câmera pra registrar o momento.

Lá chegando já pedi uma entradinha de porco, aspargos com shimeji e soja. Espero que a casca da soja não faça mal, pois eu já tinha comido algumas quando trouxeram uma cumbuca.

"É pra por as cascas aqui."

É soja verde acho que só cozida com água e sal, descasca e come. Gostoso e lúdico.

Meu tio Paulo comentou que a mãe dele fazia o mesmo tempero do porco.

"Comida com sabor de infância."

Quando chegou todo mundo fomos para os pratos principais. Minha mãe e tia escolheram o tchanko nabe de porco e missô também. Pedimos um picanhadon (tijela com arroz coberto de picanha grelhada) sugestão de comer com shoyu e wasabi. Muito bom, não imaginava que wasabi combinasse tão bem com carne grelhada, anotamos para o próximo churrasco.

Também pedi mais uma entrada de porco para a saída e kimchi.

Foi muito gostoso levar os meus velhinhos para jantar e creio que eles gostaram também.

Quanto as fotos... bem... a hora que as entradas chegaram eu esqueci a máquina no canto e só lembrei no final.



Que pena, terei que ir lá novamente para mais uma rodada de porco, kimchi e cerveja. Quem sabe com uns onigiris para acompanhar.

BUENO - não tem placa e não é muito visível, encontre o número, abra a porta e tenha um ótimo jantar.
Liberdade - São Paulo
(11) 3203-2215
R. Galvão Bueno, 458
Liberdade
São Paulo - SP


Visualizar I Vitelloni em um mapa maior

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pensação

Numa tarde de inverno muito, muito fria, um pintinho tentava sem sucesso se esquentar andando de um lado para o outro. De repente, ao passar por trás da vaca a avezinha foi coberto por um monte de estrume fumegante. Finalmente ao se sentir aquecido o pintinho piou alegremente. Um gato que passava por perto ouviu os piados, pegou-o, espanou o excesso de merda e comeu o pintinho.


Moral da história: Nem todo mundo que te caga em cima, tá te sacaneando e nem todo mundo que te tira da merda é pra te ajudar.

Acho que o mesmo é válido para cafés e baldes.



quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Mioooooolos...



Tanto tempo trabalhando com neurocoisas me deixou com o estranho desejo de experimentar cérebro.

O duro era achar algum lugar que cozinhasse. Se eu fizesse em casa e não gostasse ia ficar a dúvida se era culpa da minha falta de habilidade.

Na volta para São Paulo, passamos no Abu-zuz para um sanduíche de faláfel e um de shawarma (é assim que escreve?).

Depois de pedir os sanduiches percebi no cardárpio: Miolos.

Confirmei com o dono do lugar, era miolo de boi mesmo. Pedimos uma porção. Veio um tipo de pasta, que eram os pedaços de miolos cozidos bem temperados, acrecidos de limão e azeite. Comemos com pão.

O veredito: tem gosto de frango. Brincadeirinha.

A primeira consideração, é mole, parece um patê, logo, comer com pão é bom. O gosto parece uma pasta de miúdos, tem um gosto residual de fígado.

Não acho que vou ter desejos incontroláveis de comer cérebro assim novamente. Agora estou curioso para experimentar cérebro frito.

O Abu-zuz tem os melhores sanduíches de shawarma e faláfel de São Paulo, se alguém quiser experimentar, seja os sanduiches ou o prato de cérebro, é só seguir o mapa abaixo.

Exibir mapa ampliado

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Babá com PhD

Estou tirando o atraso com o meu sobrinho. A experiência de mostrar a lingua via Skype foi substituída pelo contato direto e violento quase diário.

Ele é ótimo. Animado, carinhoso e curioso. Fico feliz dele me chamando de Dandan, ele já aprendeu a chamar a Renata de Rê e nos reconhece em fotos.

De vez em quando ele pede pra participar nos jogos de Wii, ainda está longe de ser um campeão do Mario Kart, mas já sabe apertar os botões e fazer "vrummmm" com o controle na mão.

Aqui o Gabriel, usando minhas botas, cinto e fazendo cara de normal.