sábado, 28 de março de 2009

Direito de ir e vir

Bem, esse final de semana estarei de partida, então estou deixando programados alguns posts para o período que estiver em trânsito.

Aproveitando novamente o interesse principal dessa família, aqui vai o Gabriel mostrando o que que interessa do pai.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Por que não 3'->5'?

O nosso material genético, no núcleo de toda célula eucariótica é o DNA. O DNA é um polímero de nucleotídeos, a sequência desses nucleotídeos é o chamado código genético. Durante o processo de transcrição é feita uma cópia complementar à uma sequência de DNA, o RNA mensageiro. O RNAm é processado, exportado do núcleo e no citoplasma se ligará a maquinaria de transcrição e dará origem a uma proteína.

Para entender melhor essa parte do RNA virando proteína dá uma olhada aqui.

Resumidamente: DNA -> RNA -> Proteína

Aprendemos no curso de Biologia Molecular que o processo em que o DNA é replicado (gerando mais DNA), ou transcrito (gerando RNA), acontece no sentido 5'->3', se referindo à uma hidroxila (OH) na posição 5' da fita de ácido nucléico que está se formando.

Como sexta a noite é hora de ficar estudando (?) encontrei um casal de amigos no GoogleTalk com a dúvida: Por que não 3'->5'?

Minha primeira resposta: Por causa do OH.

Mas isso não era o suficiente, passamos um tempo discutindo se a transcrição no sentido 3'->5' era uma impossibilidade ou se o 5'-> 3' era uma escolha da natureza, desprovida de um motivo maior. Estereoquímica? Energia da reação?

Depois de discutir um pouco eu desencanei e fui fazer algo mais produtivo da minha noite de 6a. Olha que vídeo bacana que a Renata encontrou no Popload. Um músico de formação erudita tocando Karma Police do Radiohead.



Ah! Para aqueles que ficaram encucados com a solução do 3'->5' e não conseguiriam dormir tranquilos com essa dúvida, meus amigos acharam uma resposta. Encontraram um trabalho que identificou uma enzima que cataliza a reação no sentido 3'->5', logo 3'->5' é possível. Não li o trabalho pra ver se tem alguma implicação do porque a preferência do 5'->3' na natureza, mas se alguém quiser ir mais a fundo no assunto:

tRNAHis guanylyltransferase catalyzes a 3′-5′ polymerization reaction that is distinct from G−1 addition

NEWW Penis Book

NEWW significa New England Webcomics Weekend. Foi um evento que alguns dos webcomics que eu acompanho participaram.

Resoluções, workshops, essas coisas que americanos adoram e esperam que um dia vire uma grande CON com direito a muito marketing e patrocínios. Eu francamente espero que vingue, tem muito quadrinho bom aparecendo com a ajuda da internet.

Um dos subprodutos que apareceram para quem acompanha foi esse Penis Book.

Link abaixo também:

http://www.flickr.com/photos/bizzarobillhank/sets/72157615852651713/

The Last Guinness Day...

...pelo menos por um bom tempo. Procurei por Guinness em Natal-RN e só veio referências ao Guinness dos recordes.

Bem, temos que fazer opções o tempo todo e mesmo sendo bastante drástica, essa não é uma decisão definitiva. Sempre podemos voltar ou mudar de destino dada a situação. Uma coisa que aprendemos nas ciências biológicas é que quem não se adapta dança.

Olha que coisa bacana, agora quem serve o pint de guinness no Mulligan tenta desenhar um trevinho com a espuma. Muito simpático.



Aproveitamos que era nossa última ida lá para finalmente comer o Irish Breakfast. Não era muito hora do café da manhã, mas não sei se eu encararia isso logo cedo... quem estou querendo enganar, eu já briguei com meu irmão pelos restos de feijoada no café da manhã.



O último pint em um bom tempo e olha só, ele tava rindo pra mim.



Minha prima, Beatriz, passou por lá para tomar uma coca-cola (herege) e me dar um abraço. Espero que vá me visitar em Natal. Ela deixou um presentinho na saída, mas acho que não é o meu número. B, vai buscar lá em Natal.

Posted by Picasa

quinta-feira, 26 de março de 2009

Twitter

Tinha gente me perguntando o que era o tal de Twitter. Esse vídeo ajuda a entender um pouco o fenômeno...



...e talvez ajude a sacar porque é bom manter uma certa distância.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Quer foder com o Papa?

Depois que o Papa (Chico) Bento XVI rejeitou o uso de camisinha como ferramenta para conter a epidemia de AIDS na África muita gente deve ter ficado com vontade de mandar-lo tomar naquele lugar.

Pois bem, agora você mesmo pode fazer isso:



Camisinha com imagem do Papa é lançada em Paris

I Vitelloni



Tem aqueles lugares que vão se tornando importantes pra gente com o tempo. Fui a primeira vez ao I Vitelloni à muitos anos atrás. Eu era criança e lembro de não ter curtido muito. A pizza era diferente, tinha ingredientes diferentes, que tipo de maluco pensa em secar um tomate e servir com rúcula?!

Uns anos atrás fui novamente com um convite da minha prima Sílvia. Pedimos a pizza de calabresa com coberta (apesar do queijo ficar por baixo) e a quatro queijos. É a melhor pizza quatro queijos que eu já comi. A calabresa varia, como a maioria das opções da casa a calabresa não é muito normal, tem erva doce e nem sempre você está afim de comer uma calabresa com erva doce.

Junto com a Renata retornei várias vezes e experimentei quase todos os sabores que a casa tem a oferecer.

O lugar é muito simpático, a música ambiente é boa tocando muito jazz em um volume bem agradável. No verão é meio quente lá dentro.



Da última vez que fomos pedi uma meia quatro queijos, acho que é a minha favorita:



e meia abobrinha:



Esse paralelepípedo em cima da pizza de abobrinha é um queijo polenguinho, como comentei tem pizzas diferentes lá, mas os sabores são surpreendentes de uma maneira boa.

Outro grande atrativo do I Vitelloni para mim é o sorvete. Aqui também dá pra trombar com vários sabores diferentes, manjericão, canela, capim cideira, rosas, além de coisas mais tradicionais como chocolate com avelãs.



O meu sabor preferido é o de mel, mas sempre que dá peço uma de chocolate. Já a Renata além do mel gosta bastante do de gengibre. Mais de uma vez fomos ao I Vitelloni somente para tomar sorvete, ou no máximo comer uma saladinha de folhas verdes, gorgonzola e pera. Como eu disse, é um lugar para desafiar um pouco o paladar, mas quase sempre com resultados positivos.

É uma pizzaria muito legal e acho que um dos lugares que mais vou sentir falta quando estiver longe.

Exibir mapa ampliado

terça-feira, 24 de março de 2009

El Mariachi

O El Mariachi é um dos lugares que sentirei falta quando não estiver mais em São Paulo. É um restaurante de comida mexicana muito simpático na Rua dos Pinheiros (veja o mapa no final).

Entre os atrativos (ou não) do lugar tem apresentações de mariachis (esses carinhas cantando)


Quesas, quesas, quesas...

O salão principal foi expandido recentemente e inclusive eles alugam o lugar para festas.



Gostamos de ir lá entre domingo e quarta, são os dias em que alguns dos pratos estão com um bom desconto. O nosso favorito é o Chili com Carne (e o garçom pronuncia xile, não tchili). A comida já vem apimentada, não é insuportavelmente forte, mas o cozinheiro não é daqueles que põe pimenta como se pedisse desculpa. Se não aguenta, vá em outro lugar.



Acompanha uma deliciosa tortilha de trigo e o molho pico de galo que apesar de também apimentado é bem ácido e dá uma equilibrada na pimenta do chili.




Posted by Picasa



Exibir mapa ampliado

segunda-feira, 23 de março de 2009

Tempo pra pensar

Eu sou um ateu declarado, não acredito em céu inferno ou reencarnação. Quando era criança em algumas manhãs de domingo íamos com minha mãe levar minha avó ao cemitério. Não era o meu programa favorito, não entendia por que gastar tempo do meu domingo levando flores ao túmulo do meu avô e tia.

Este ano fazem 10 anos que minha avó faleceu. Quando ela faleceu tive a impressão que ninguém mais faria essas visitas ao cemitério. Curiosamente minha mãe começou a visitar o túmulo da família de vez em quando. Minha mãe também não é uma pessoa religiosa e eu fiquei meio surpreso com isso, fiquei mais surpreso ainda quando eu comecei a acompanhá-la. Primeiro pra ajudar a carregar os vasos, cavar buracos, pegar água, mas logo percebi uma coisa importante.

 


Não vamos ao cemitério porque os mortos precisam da gente, mas porque nós precisamos deles. Ir ao cemitério providencia um tempo para pensar não só nos que se foram, ou na nossa mortalidade, mas também refletir sobre como estamos agindo com as pessoas que nos cercam. Como cuidar melhor e ser uma pessoa melhor para aqueles de quem gostamos.

 


Levamos dessa vez umas flores que minha mãe deixou pra enfeitar as mesas na minha despedida. Fizemos essa festa de família e amigos e eu estava insuportável com a minha mãe (com meu pai também) durante os preparativos.

Essa ida ao cemitério me fez refletir um pouco e eu percebi que muito do que me incomoda nessa história é que não queria que eles tivessem a essa altura do campeonato que fazer as coisas por mim. Isso no geral me dá uma sensação muito desconfortável de incompetência.

É idiota e criancice, mas são coisas que eu vou ter que resolver. Pai e mãe nunca vão deixar de ser meus pais e eles sempre vão tentar me ajudar. Saber que tem alguém sempre olhando por mim deveria me dar conforto, não me sentir como um aproveitador ou cobrado ou sei lá o que está passando pela minha cabeça.

 


De qualquer forma tive uma ótima despedida graças à minha família. Domingo foi dia de me despedir dos que já foram e quem sabe fazer um pouco de paz comigo mesmo e parar de estressar com aqueles que só me querem bem.

Posted by Picasa

domingo, 22 de março de 2009

Cabeça de Radio


Hora de dar um cochilinho e daqui a pouco lá vamos nós ao show do RadioHead. A Renata espera por esse momento à 15 anos, eu um tanto menos, mas deve ser o melhor show do ano e nós vamos.

Aproveitar que quem vai abrir é o Los Hermanos e podemos dormir mais uns 5 minutinhos antes de irmos à chácara do Jockei.

Passei na frente do local do show hoje cedo indo ao cemitério (estou preparando um post sobre isso, mas fica pra outra hora) e já estava com uma fila considerável.

O acesso à Chácara do Jockei é meio ruim, espero que a gente consiga lugar pra parar o carro por lá. O estacionamento oficial tem só 3000 lugares, para 30000 ingressos vendidos.

Agora cochilar, daqui a pouco "for a minute there, I lost myself, I lost myseeeeeeeeeeeeelf."




EDITANDO APÓS O SHOW: Foi do caralho!!! 2h30min de show, tocaram muita coisa do novo disco (In Rainbows) e as 3 que me deram arrepios no corpo todo, Karma Police, Fake Plastic Trees e Creep. Creep foi a música que fechou o show, meio triste, mas apropriado terminar o show cantando "I don't belong here".
Acho que o momento mais SHOW do show: Depois de tocar Paranoid Android o público ficou repetindo o backing vocal, o Thom Yorke acompanhou no violão e cantou novamente o trecho final da música.

Hora da partida

Passagem comprada, dia marcado, dentro de exatamente uma semana estarei embarcando para Natal.