sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O mal dos orientais...

Apesar da origem mestiça eu sofro do grande mal dos japoneses, isso já rendeu muita piada, mas o que quero dizer é que sou fraco para bebida. Em inglês denominam Asian Flush, referência a cor vermelha que muitos orientais adquirem ao beber álcool.

Aproximadamente 15% dos orientais tem uma mutação na enzima Álcool desidrogenase. Essa mutação faz com que a enzima funcione muito mais rápido, levando ao acúmulo de aldeído no organismo, o que é tóxico.

Como consequência muitos orientais são fracos para álcool e uns pobres coitados sofrem uma verdadeira alergia etílica. Evolutivamente faz sentido que uma mutação seja mantida quando é inócua, ou apresente alguma vantagem. Por exemplo, anemia falsiforme é uma doença terrível, mas confere uma certa resistência à malária.

Mas fica a dúvida, qual a vantagem de vomitar muito com pequenas quantidades de álcool?

Cientistas avaliaram a presença dessa mutação em chineses e encontraram uma correlação. Aparentemente os locais com maior incidência da mutação coincidem com focos de domesticação de arroz. Sinais arqueológicos também apontam para o uso do arroz para produção de álcool.

A hipótese apresentada pelos cientistas atualmente é que a mutação se manteve pois pessoas que passam muito mal com álcool tendem a manter distância dele, diminuindo a chance de tornar-se um alcolista e consequentemente descuidando da família e trabalho.

Não se sabe ainda como (ou se dá para) testar essa idéia, mas é interessante entender um pouco mais o porque que um copo de cerveja me deixa vermelho e tonto e por que raios uma característica dessa representa uma vantagem.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Enquanto isso em Bauru

Vim passar uns dias em Bauru com a Re e família enquanto nosso futuro é decidido por nós em outros lugares. Aguardar chamada de concurso é um caos. Se eu que estou só acompanhando estou mal, imagina a Re.

De qualquer forma viemos passar uns dias aproveitando estadia di gratis com a família.

Uma coisa boa é que o cinema aqui é bem mais barato que em São Paulo. Uma sala decente custa aproximadamente a metade do preço, excelente para quem caiu no limbo dos sem-meia-entrada e sem-emprego.

Algumas bizarrices de Bauru:

1) Tinha uma sorveteria muito boa, Quatrina, que estava fechada, não sabemos desde quando, pelo menos desde a virada de ano.

Arrumamos uma outra sorveteria, não tão boa, mas bem mais barata, não tem placa na frente, mas o sorvete é legal com uns sabores inusitados: Leite ninho, 4 leites (integral, condensado, de coco e doce de leite) com morango, chiclete, diversas variações de chocolate (charge, suflair, meio amargo, ao leite, ao leite com pedaços, etc.).

Hoje passando em frente vimos que a Quatrina re-abriu as portas. Onde já se viu, sorveteria que fecha durante as férias escolares?!

2) Aqui vai ter show do A-HA, the farewell tour. Ingresso à R$350!!!

3) No dia 29 de janeiro teve num shopping o tradicional nhoque da sorte, acompanhado de show do Jerry Adriani.


Não vamos em nenhum desses shows, mas pelo menos rendem umas risadas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Liberdade mesmo que trampo...

Faz um tempo comecei a usar o Ubuntu Linux e a advocar pelo software livre para todos meus conhecidos.

Recentemente os Windows nos laptops da Re e do meu irmão estavam dando muito trabalho, atendendo a pedidos e com um pouco de forçassão de barra da minha parte instalei o Ubuntu para eles também.

Como meu irmão só queria um computador para o geral, internet e office, não teve problema algum até agora, são coisas que o Ubuntu faz muito melhor que o windows.

O que começou a azedar foi a Apple. O Ubuntu vai muito bem obrigado no que é livre, nos códigos abertos, entretanto nas particularidades a coisa vai cano abaixo.

Não existe software decente para gerenciar iPod no Ubuntu. Como os bancos de dados e códigos do iPod são proprietário a maioria dos programas para gerenciar apresenta um ou outro problema.

Rhytmbox é uma droga para gerenciar playlist.
GTKPod não permite alterar a ordem das músicas em uma playlist e não tem um player embutido.

Vendo as opções a Re encontrou o YamiPod. Parecia a coisa mais interessante, mas a instalação foi um caos.

INSTALANDO O YAMIPOD

O YamiPod depende da biblioteca libstdc++5. Infelizmente no Ubuntu 9.10 ela foi substituída pela libstdc++6. Encontrei como concertar essa dependência aqui.

É fácil, basta baixar a biblioteca da versão anterior e instalar. Eu peguei aqui no depositório do Ubuntu.

Um problema é que o Yami tem que ter o ipod com o banco de dados no formato do iTunes, então se tiver aberto em outro programa ele não reconhece. É importante que seja uma versão 8 ou antes do iTunes, pois na 9 foi mudado o formato do banco de dados e o Yami não reconhece mais. Eu não sabia disso primeiro então instalei o iTunes 9, fiz tudo errado, desinstalei, instalei a versão 8 e ai foi tudo ok.

Peguei a versão anterior do iTunes aqui e instalei na minha partição do Windows. Rodei uma vez o iTunes com o meu iPod e o Yami reconheceu.

Realmente parece ter todos as características que a Renata queria para usar o iPod, um problema a menos para usar o Ubuntu.