segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eles

O problema de verdade, são Eles. A partir do momento que você passa a pensar nEles, a coisa vai mal. Por que Eles, são diferentes de você, Eles são piores, mais burros, mais sujos, mal nascidos.

Quando passa a existir Nós e Eles, ai a casa caiu.

Foi isso que eu percebi da onda de ódio surgida durante e no final das últimas eleições. Essa onda de ódio só é possível quando você separa em Nós e Eles, Eles não sabem o que faz, Eles deveriam voltar pra senzala e parar de atrapalhar, deixando alguém que se preocupa com o bem estar de todos decidir o que é melhor.

O nível de preconceito e ódio mostrado só é possível quando você acredita que o outro não tem os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos recursos emocionais e perceptivos.

Só isso pra justificar alguém achar que rodeio de gordas é uma boa idéia. Só isso para fazer alguém pedir desculpas dizendo não ter "nada contra aquela gente".

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Alzheimer

Acho esses infográficos meio bizarros, mas em geral ajudam a visualização. Trabalho novo, muita informação pra entrar na cabeça.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Salvo por uma bunda.

Não bem salvo... nem bem uma bunda.

Estava a caminho do TRE pela ciclovia entre Camboriu e Balneário Camboriu. A ciclovia é de duas mãos e ocupa uma das laterais da pista. Estou eu seguindo quando percebo uma van vindo a toda por uma via lateral. Como estou no sentido contrário ao dos carros me preparo para frear, já que o motorista deve estar olhando somente para o outro lado.

Magicamente ele para pegando um pedacinho da faixa de pedestre e até faz sinal para eu seguir. Sigo o olhar dos ocupantes do veículo até um pouco atrás de mim e vejo o alvo deles.

Deixo aqui os meus agradecimentos a senhorita na calçada entre Camboriu e Balneário que simplesmente por caminhar se afastando do local me salvou de alguns ogros motorizados.

Um texto mais apropriado sobre pedal e assédio pode ser lido no blog das Pedalinas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tudo tem que mudar, pra continuar a mesma coisa...

Mês passado participei de um evento no IQ USP sobre concursos, currículos, essas coisas. Foi interessante, pois os outros membros da mesa eram bem mais experientes no lado banca do que no lado candidato. Foi bem interessante, muitos questionamentos sobre o formato de concursos, essas coisas, outra hora escrevo sobre essas coisas por aqui.

Essa semana um depoimento meu apareceu na Folha de São Paulo, sobre os problemas enfrentados por aqueles que fizeram uma graduação pouco tradicional na hora de prestar concursos.

Voltando ao mês passado, quando estava em São Paulo para o evento, fui contatado sobre um concurso que prestei em 2008. Surgiu mais uma vaga e curiosamente, depois de rodar o pais atrás de emprego, fui chamado para o primeiro concurso que prestei em São Paulo mesmo.

Se tivesse como saber o futuro podia ter ficado em Sampa mesmo só queimando as economias esperando ser chamado.

Mas a experiência de rodar o Brasil foi muito boa. É interessante ver que SP é uma bolha, uma ilha dentro do país. Uma ilha de contradições, progresso e conservadorismo, dinheiro, pobreza e exploração, tolerância, mas ao mesmo tempo homofobias e xenofobias.

Em parte é bom estar voltando, mas não garanto que seja pra sempre, tem muita coisa importante a ser coordenada até fincar raízes de vez. Por enquanto, tô mais pra um vasinho que pode ir de um lado pro outro, procurando onde tem mais água e sol.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vida agitada

Semana corrida em São Paulo para evento da pós-graduação no IQ-USP.

Participei de uma mesa redonda cujo tema era concursos. Eu era o único não concursado na mesa, mas era o com mais experiência em prestar concursos, dois dos outros tinham larga experiência em ser banca de concurso e os outros dois eram relativamente novos, mas focados em São Paulo.

Foi divertido, principalmente poder contrariá-los falando: "Olha, isso pode ser verdade aqui em São Paulo, mas já tive experiências muito diferentes Brasil afora."

Quem sabe em outro momento escrevo mais sobre essa coisa de concursos. No lado positivo, abriu uma vaga em um concurso no qual fui o segundo colocado. Então em breve novas mudanças retornando à São Paulo.

Enquanto isso uma última filmagem do Gabriel, seguindo-o nessa vida corrida em São Paulo mesmo pra quem nem tem tantas obrigações ainda.

domingo, 15 de agosto de 2010

Estréia


Hoje finalmente estreamos a churrasqueira.

Compramos sardinha e trilha em uma peixaria de Balneário Camboriú. Não gostei da peixaria, primeiro que o cara atendeu com muita má vontade quando pedi pouco peixe (era só pra mim e pra esposa). Depois, me entregaram o peixe sem limpar, só descobri em casa que o peixe ainda estava com entranhas e escama.

Depois que eu limpei os pobres, parecia que um urso que tinha caçado os peixes pra gente.

Mas o peixe ficou bem legal na brasa, só com sal e acompanhado de uma couve-flor ao pesto que a Renata providenciou.

Trilha é uma delícia, é um peixe rosado que, segundo consta, se alimenta de camarão, por isso fica dessa cor e inclusive tem gostinho de camarão (principalmente pele e rabo).

domingo, 1 de agosto de 2010

Patricinha

Nunca fui de beber muito. Descobri os prazeres do álcool com certo "atraso", só fui começar a beber no mestrado. O fígado meio podre me tornou cada vez mais meticuloso na escolha das bebidas e nesse caminho fui me animando com cervejas melhores.

Uma coisa que percebi logo é que as cervejas genéricas uruguaias são melhores que as brasileiras. Dessas mais industriais tem 3 famosas que chegam no Brasil, Norteña, Pilsen e Patrícia (acho até que algumas agora são produzidas por aqui).

Uma das características dessas cervejas é a garrafa de 1L, o que é legal numa mesa de bar, mas é uma merda para beber sozinho ou a dois em casa.

Hoje passeando no supermercado encontramos a long neck da Patrícia:


Compramos um par, a coisa boa é que as vezes só um tá com vontade de beber uma cervejinha e não precisa passar vontade, nem "gastar" uma das cervejas mais gourmet.

Gostei muito da garrafa, que ao invés de rótulo tem um P estilizado em relevo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Level UP!!!


Depois de algum tempo de experiência com RPG a distância, ontem foi dia de subir mais um degrau na escala de nerdice.

Na última passada por Porto Alegre aproveitei pra re-encontrar alguns amigos e acompanhar um jogo de Warhammer 40K.

WH40K é um jogo de miniatura que alguns amigos adotaram depois do fim do Mage Knight (outro jogo de miniaturas).

Assisti, mas não participei. Fiquei com vontade de jogar, mas o investimento em material (aquisição, pintura, etc) não me parece compensar o quão esporádica minha participação seria.

O Eduardo que sugeriu o Vassal. Eles estão com o site fora do ar, mas é uma plataforma para jogos de guerra via internet.

Tem um módulo para Warhammer40k (Vassal40K), que foi proibido pela produtora do Warhammer (Games Workshop). Entretanto, ainda se encontra a última versão do módulo em programas P2P.

Carregamos tudo e foram umas boas 3 horas de jogo, apanhando das regras do sistema e com a interface do programa, mas a experiência foi bem legal.

Montei um screenshot só pra mostrar a cara do programa, mas "ao vivo" é bem melhor.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Psiu, aqui!

Um tempo atrás ganhei uma caneca lindona.

Muitas vezes quando ia tomar alguma coisa na caneca eu brincava:

"É só café, nego" - avisando o lagartinho que o que quer que ele procurasse, não estava ali.

Recentemente passeando por Porto Alegre adquiri outra caneca com o Rui Gassen. Foi sem querer, mas talvez subliminarmente tenha percebido algo que só dei conta agora.




Eles tavam brincando de esconde-esconde.

sábado, 3 de julho de 2010

Frango de bruços

Desde que mudamos para Camboriu temos diminuído a carne vermelha na dieta. Não é recomendação médica nem dieta maluca, é simplesmente que a Re está dando aula no colégio agrícola e eles tem carne de porco e frango de ótima qualidade e muito mais em conta que no mercado.

Essa semana eu "encomendei" um frango para assar.

Faz um tempo que venho me arriscando a assar frangos em casa e englobando algumas dicas do pai, irmão e vó, esse foi o resultado.



Não esqueça de temperar o frango antes de começar. Eu costumo só passar sal em toda volta e por dentro. Alho moído e manjericão acompanham bem.

A parte do pai:

Uma das dificuldades em assar frango é acertar o ponto em que está cozido por dentro e dourado por fora. Outro problema comum é que o peito costuma ficar muito exposto e seco. Ai entra a técnica que meu pai me passou.

Coloque o frango pra assar em fogo médio com o peito pra baixo. A hora que as "costas" estiverem douradas, vire o peito pra cima e deixe assando até o peito dourar. Está pronto, fácil assim, virar é um pouco chato, mas com uma espátula e um garfo você consegue, cuidado pra não fazer em uma superfície escorregadia e a assadeira deslizar.


A parte do irmão:

O único problema de assar o frango de bruços assim é que a pele do peito pode grudar no fundo da assadeira e dar um trabalhão pra virar, além de perder a pele.

Para evitar isso, roubei uma ideia do meu irmão. Coloque uma camada de batata fatiada no fundo da assadeira. Tempere as batatas e ponha o frango por cima. A gordura do frango vai escorrendo e ajudando a meio cozinhar/fritar as batatas. Ainda não achei o ponto certo das batatas, elas acabaram grudando no fundo, mas acho que untar a forma antes das batatas pode ajudar com isso.

Da próxima vez vou passar uma gordura na assadeira, colocar uns dentes de alho e alecrim no fundo, colocar no forno. Depois que a batata estiver dourada de um lado eu viro, coloco o frango e continuo.


Por fim, a parte da vô:

Minha vó faz um recheio de frango fenomenal, ela me passou a receita/conceito e eu tento usar com o que tiver, nunca ficou tão bom quanto o dela. Deve ter um pouco de memória afetiva, mas o fato que ela é a melhor cozinheira que eu conheço me deixa em desvantagem quando tento imitar.

Basicamente é: pegue os miúdos do frango, mais algum bacon, linguiça, toucinho, o que estiver sobrando, triture com tomate e cebola, tempere e faça um guisadinho. Misture pão moído para "dar liga". Jogue a mistura dentro do frango, feche o burado com uns palitos de dente, pode por o frango pra assar.


Tem umas marcas arredondadas no peito do frango ali em cima, é por causa dele ter ficado apoiado nas batatas.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Recital

O Gabriel curte fazer um barulho. A Tiemi forneceu para o pimpolho uns instrumentos de brinquedo e aqui vai o resultado.

Espero que ele fique interessado e aprenda a tocar alguma coisa de verdade no futuro.



Pelo menos a parte de agradecer quando aplaudem ele faz direitinho.

domingo, 27 de junho de 2010

El Cordobés








Uma das partes divertidas de chegar em uma cidade nova é descobrir onde comer. Passado a fase inicial de só comer no quilo da esquina e um ou dois restaurantes confirmados, começamos nossa exploração das redondezas.

Já tivemos sucessos em achar um japonês, um mexicano, dois hambúrgueres, um cachorro quente, um italiano e uma churrascaria.

Sexta passada estava com vontade de comer carne. A Re usou o google-fu dela e comentou: Tem um restaurante classificado como argentino.

Tentamos ligar para saber mais, mas o telefone que estava na internet tinha mudado. Mudamos de plano, mas quando estávamos no carro a vontade de comer carne bateu mais alto e sugeri uma passada no dito restaurante, caso estivesse fechado seguiríamos ao plano B.

Demos a sorte de estar aberto, mas vazio, só nós dois, serviço exclusivo.

O dono (creio que era o dono) veio atender e sugeriu: Estamos com promoção da picanha argentina para duas pessoas.

Acatamos a sugestão e me animei quando ele ficou feliz ao pedirmos a carne "ao ponto pra menos".

Foi excelente, carne boa, preço justo e acompanhamentos adequados, arroz, salada e batata frita.

Conversamos um pouco mais antes de sair e ele sugeriu para uma próxima: Experimentem o bife de chorizo, dá pra duas pessoas.

Me ganhou mais um pouco ai, normalmente os trabalhadores de restaurante olham feio a menor menção de dividir um prato, o que costuma me forçar a ou levar pra casa, ou desperdiçar comida.

Ganhou tanto que hoje decidimos ir novamente e experimentar o bife de chorizo. Aproveitei pra bater umas fotos já pensando em escrever aqui.

O lugar chama El Cordobés e fica na Rua 11, esqueci o número.

Hoje na hora do almoço o salão estava com pouco movimento, mas tinha vários argentinos reunidos para assistir o jogo.

De cortesia vem umas empanadas de entrada.

E o bife de chorizo.

Comida de verdade, bem feita e com preço honesto.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Não Cozinhe Linhaça!

Uma amiga me deu de presente uma cesta com coisinhas saudáveis. Entre elas uma mistura de grãos pra comer como arroz. Eu gostei da idéia e depois que o preparado acabou resolvi fazer um preparado eu mesmo.

Encontrei no supermercado arroz integral, grãos de trigo e linhaça. Para minha surpresa o trigo em grãos é mais barato que o arroz integral e a linhaça saia praticamente o mesmo preço por quilo.

Como tinha o dia livre hoje aproveitei pra cozinhar. Seguindo a recomendação da embalagem coloquei o trigo de molho no dia anterior. Vendo que a linhaça é meio durinha, coloquei junto com o trigo (começo do desastre).

No dia seguinte, comecei o preparo e devia ter suspeitado que alguma coisa não tava muito certa quando a água do molho estava viscosa (tenho uma falta de vasilhas, então o trigo e a linhaça estavam de molho juntas). Tirei o excesso de água e coloquei água nova pra cozinhar (não tenho peneira também, então só deu pra tirar o excesso).

Coloquei a quantidade de água indicada para o trigo e deixei cozinhando. Depois de algum tempo percebi a espuma esquisita por cima.comestível.

As instruções do trigo diziam pra cozinhar por 1h. O arroz por uns 20min, então, quando faltavam uns 20min fui tirar o excesso de água e colocar o arroz, só pra descobrir que a água viscosa tinha virado gosma, muuuuuuuuuuuuita gosma.

Dava pra tirar com um garfo e recolhi uns 3 ou 4 pratos de meleca de dentro da panela durante o cozimento todo. No final o arroz ficou um pouco cozido demais e a mistura tá toda meio pegajosa, mas o gosto tá bom.

Procurei na internet e vi uma "recomendação" de deixar a linhaça de molho e comer com a mucilagen (deve ser naturebês pra meleca). Umas pesquisadas a mais e acho que da próxima vez vou colocar a linhaça só no final.

Mas pelos próximos dias tem uma mistura de grãos melequenta para comer por aqui.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Anatomia Bielzistica via Internet

Fazia tempo que eu tava tentando gravar o vídeo e audio do Gabriel via Skype e finalmente consegui.

Tudo que precisei no Ubuntu Netbook Remix 10.04 foi um aplicativo chamado recordmydesktop e do controle de volume do pulseaudio.

Ai é só por o skype pra funcionar, gravar e direcionar o som da entrada para o programa, como eu faço no começo do vídeo.

Mas o mais importante é o resultado, uma aulinha de anatomia com o Gabriel, via Skype.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Festa do Pinhão

Fui ontem conhecer a festa do pinhão. Caramba, como aquilo é grande, não tinha noção. A diversidade de atrações também era impressionante. Sair de casa foi a parte mais complicada, não tinha chegado ao final do quarteirão e meu nariz parecia que ia cair.

Acho que tem alguma adaptação que ainda não passei, as pessoas na rua pareciam menos agasalhadas do que eu.




Tinha até um parquinho de diversões lá dentro.


Parte da adaptação ao frio deve ser encher o bucho de álcool, depois de um Choconhaque já me senti melhor. Devo dizer que choconhaque ganha pontos pelo nome e conceito, mas a realização deixava a desejar, tava mais pra nescaunhaque, meio aguado.

Um dos interesses era aproveitar a culinária local, mas como todas as festas desse tipo, acho que não são o melhor lugar pra isso. Os comes caros e não tão bons. O entrevero da cantina do CAV é melhor que o que peguei na festa (bem mais barato também). Talvez o fato de ter pego um x-entrevero tenha prejudicado a experiência, mas achei bizarro demais para não tentar.


Impressionante a quantidade de barracas de drinks, principalmente caipirinhas de pinga, vodka,vinho, preparadas no copo, liquidificador, pilão e o mais legal: BETONEIRA.


Foi divertido, principalmente a final da 18a Sapecada da Canção Nativa, com diversos grupos cantando diversos estilos regionais. Quando comentei com uns amigos que qualquer um pode entrar na parte amadora do festival eles até mostraram interesse em participar, mas acho que corremos um sério risco de apanhar da gauderiada com nosso tema: “Venha com tesão pra festa do pinhão”.


A pouco fui informado pelos meus alunos que a música que eu tinha gostado não ganhou. Uma pena.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mal estar

Chegando em Lages esta semana peguei um táxi por causa do horário e da chuva.

Conversa vai com o motorista e ele acaba falando:

"Sou contador, mas faz 3 anos que me viro dirigindo táxi. Está difícil emprego em Lages."

Hoje tive um tempinho pra matar (coisa rara ultimamente), encontrei uma locadora e resolvi pegar um filme. Conversando um pouco com o cara que me atendeu:

"O horário aqui é de matar, trabalho quase todo dia inclusive sábados e domingos. Isso quando não estou dando aula."

Aula?

"Sou professor, mas tenho que me virar atendendo na locadora e dando aula particular."

Na hora do almoço um colega confessa:

"Os governadores de Santa Catarina só ligam para o litoral. Para eles o interior acaba em Blumenau."


Fiquei até com uma sensação ruim de estar gostando de Lages.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

LG Cookie como modem no Ubuntu

Comprei recentemente um LG Cookie (KP570 ou KP500). Para aproveitar melhor o aparelho peguei um plano de dado na operadora. Pra essa vida de viajante ele é uma mão na roda, twittar da estrada ajuda a passar o tempo.

Outro dia consegui usar o Celular como modem para o computador, isso abre várias possibilidades nessa vida. Entretanto isso só era possível no Ruindows Vista e quem me acompanha sabe que faz uns anos (ou pelo menos 1 ano) que virei entusiasta do software livre.

Hoje exercitei o google-fu e consegui colocar o aparelho para funcionar.

O artigo que ajudou horrores para tudo funcionar foi esse aqui do Jun Auza em 2008.

Li relatos que teve gente rodando o LG como modem de maneira mais direta, infelizmente pra mim não funcionou.

Precisei de um acesso diferente para instalar os programas necessários e encontrar ajuda on-line.

Primeiro instalar o wvdial e o gnome-ppp:

>sudo apt-get install wvdial
>sudo apt-get install gnome-ppp


Liguei o aparelho pelo cabo USB e selecionei PCSuite nas opções de conexão.

Para identificar o celular, numa janela do terminal digitei: lsusb


Bus 004 Device 001: ID 1d6b:0001 Linux Foundation 1.1 root hub
Bus 003 Device 008: ID 1004:6000 LG Electronics, Inc. VX4400/VX6000 Cellphone
Bus 003 Device 001: ID 1d6b:0001 Linux Foundation 1.1 root hub

Os números depois do ID são o vendor e product. Pelo que entendi precisa registrar uma porta serial para o aparelho:

sudo /sbin/modprobe usbserial vendor=0x1004 product=0x6000


Substitua o 1004 e 6000 pelos seus próprios vendor e product, 0x é pra indicar que o número é hexadecimal.

Depois disso digite: wvdialconf create

ele deve retornar algo como:

Editing `create'.

Scanning your serial ports for a modem.

Modem Port Scan<*1>: S0 S1 S2 S3
ttyACM0: Device or resource busy
Modem Port Scan<*1>: ACM0
WvModem<*1>: Cannot get information for serial port.
ttyACM1<*1>: ATQ0 V1 E1 -- OK
ttyACM1<*1>: ATQ0 V1 E1 Z -- OK
ttyACM1<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 -- OK
ttyACM1<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 -- OK
ttyACM1<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 -- OK
ttyACM1<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 +FCLASS=0 -- ERROR
ttyACM1<*1>: Modem Identifier: ATI -- LG Elec.
ttyACM1<*1>: Speed 4800: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Speed 9600: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Speed 19200: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Speed 38400: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Speed 57600: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Speed 115200: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Speed 230400: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Speed 460800: AT -- OK
ttyACM1<*1>: Max speed is 460800; that should be safe.
ttyACM1<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 -- OK
WvModem<*1>: Cannot get information for serial port.
ttyUSB0<*1>: ATQ0 V1 E1 -- OK
ttyUSB0<*1>: ATQ0 V1 E1 Z -- OK
ttyUSB0<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 -- OK
ttyUSB0<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 -- OK
ttyUSB0<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 -- OK
ttyUSB0<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 +FCLASS=0 -- ERROR
ttyUSB0<*1>: Modem Identifier: ATI -- LG Elec.
ttyUSB0<*1>: Speed 9600: AT -- OK
ttyUSB0<*1>: Max speed is 9600; that should be safe.
ttyUSB0<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 -- OK

Found an USB modem on /dev/ttyACM1.
Modem configuration written to create.
ttyACM1: Speed 460800; init "ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2"
ttyUSB0: Speed 9600; init "ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2"


Veja a localização e velocidade do modem, no meu caso, /dev/ttyACM1 e Speed 460800

A partir do terminal, editei a configuração do wvdial: sudo gedit /etc/wvdial.conf

Com uma ajudinha do pessoal do VivaoLinux a minha configuração ficou assim:

[Dialer Defaults]
Modem = /dev/ttyACM0
Baud = 460800
DialCommand = ATDT
Check Def Route = on
FlowControl = Hardware(CRTSCTS)
Username = tim
Password = tim
Phone = *99#
Stupid mode = 1
Auto Reconnect = on
Auto DNS = on
Init1 = ATZ
Init2 = ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2
Init3 = AT+CGDCONT=1,"IP","tim.com.br"
ISDN = 0
Modem Type = Analog Modem


Tentei conectar com o wvdial primeiro e com o gnome-ppp, não deu muito certo, dava uns erros de permissão.

No final me enchi e rodei o gnome-ppp como sudo (no terminal: sudo gnome-ppp). Conectou, mas não carregava nada. Desconectei, coloquei o OpenDNS (208.67.222.222, 208.67.220.220) como DNS primário e secundário e pronto, estamos conectados.

Hoje a noite (espero) vou internetar de casa no meu Ubuntu.

________________

EDIT: Rodando de casa. Não é uma SUUUUUUUUUUUUUUPER conexão, mas quebra um galhão. Curiosamente consegui conectar sem ser super usuário (sudo), mas tenho a impressão que fica bem mais rápido do outro jeito, talvez algum problema de permissão que o sudo possa ignorar.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Frohsinn

Continuando com a viagem relâmpago até Blumenau, segue o nosso objetivo, comida.

Fomos ao Frohsinn, um restaurante famoso e com uma vista fantástica da cidade.






O couvert era superfaturado, uns pãezinhos com pastinhas, nada especial por R$7/cabeça.



O chopp não filtrado da Das Bier, choperia da região era muito bom.



A comida era boa mas devo dizer que a Cantina Alemã em Campinas continua imbatível no primeiro lugar.

O Frohsinn tem um segundo lugar com o Dier Meister Stub, ganha pela vista, mas perde pelo preço.



A vista de dentro do restaurante é mais impressionante e o local é super agradável. Quando a vontade de comida alemã bater é uma saída melhor do que pegar um avião pra Campinas. Vale muito como conjunto da obra, local e comida, mas é carinho. Quem conhece sabe que eu e a Re somos comedidos e ainda assim saiu R$50 por cabeça comendo bem, nem coube a sobremesa. Em uma próxima visita sai o couvert e entra um apfelstrudel.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Parabéns para a Mi

Post atrasado uns dias. Não consegui colocar no dia porque estava na festa, depois foi falta da conjunção certa pra pegar as fotos do celular e ter acesso à internet disponível.

Devemos muito da nossa vinda para SC aos meus primos Júlio e Michele. Os dois ajudaram demais em todos os aspectos, até nos apossamos do quarto das filhas deles por um tempo.

Em comemoração teve esse domingo uma festa em família, segundo a Sophia (4 anos), sem graça, nem tinha balão. Mas não vi nenhum adulto reclamando, afinal acho que todo mundo ali trocava fácil os balões pelo almoço preparado pelo Júlio.



A Mi não podia ter nascido em dia mais adequado, Primeiro de Maio, Dia do Trabalho. Nunca vi tanta disposição junta. Nem no aniversário ela tem um descanso e olha ela lá ajudando a preparar o almoço.



Obra na mesa e o o grande Mestre Cuca Julinho tem que conter a horda faminta enquanto finaliza o prato.



Acho que no fundo a Sophia só acha sem graça por que ela não pode comer camarão. Mas festa de gente grande é assim, não tem salgadinho, nem palhaço, nem balão e a gente canta parabéns quando chega a paella chega na mesa e fica muito feliz de poder estar comemorando esses momentos especiais com quem a gente gosta.


Parabéns Mi, desculpa o atraso.

Gato no barril

Experiências valem mais que presentes. Não encontro o artigo científico que usou escalas de satisfação para avaliar se pessoas ficavam mais felizes gastando dinheiro em experiências (restaurantes, passeios, cinema) ou presentes materiais (bolsas, roupas celulares). Mas depos de um estranhamento com a conclusão devo dizer que concordo.

Parte desse resultado se deve ao fato que bens materiais geram um pico de satisfação quando adquiridos, mas depois a satisfação só diminui. Quantas vezes você não ficou feliz com um celular (ou outro aparelho eletrônico) novo, só para imediatamente se questionar se não fez um negócio ruim, quem sabe outro modelo, ou encontrou outro mais barato?

Por outro lado experiências não geram essa insatisfação. Dificilmente um restaurante vai gerar esse mesmo nível de insatisfação. Mesmo restaurantes ruins, feios, ou com algum problema podem gerar boas histórias para contar. O chantili congelado da La Risotteria Alessandro Segato, que eles chamavam de panacota (referência ao panaca que paga por aquilo), que não me deixa mentir.

Tudo isso para falar de uma fuga sugerida pela esposa e realizada no último sábado. Num ímpeto de não saber onde almoçar veio a idéia:

Ela: "Vamos comer comida alemã?"

Eu que adoro comida alemã: "Onde?"

Ela: "Tem um restaurante em Blumenau..."


Viagem rápida até Blumenau no dia do trabalho em busca de joelho de porco. A comida e mais sobre a viagem, comento depois, primeiro fica aqui o registro do gato que estava no Museu da Cerveja.

A mulher que estava cuidando do local cutucou o coitado pra ele olhar pra foto.





PS: Para quem não sabe, esse gato é idêntico à Tsu, a gata que compete com o Gabriel pelo comando da Dona Joana (minha mãe).

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Gauderices

Meu primo Julinho tirou sarro que vindo pra Lages eu ia virar um Cataucho (mistura de catarinense e gaúcho). Realmente o pessoal aqui tem várias características que eu só tinha visto no Rio Grande do Sul. Mate, bonbachas, CTG, Grenal.

Um professor me contou uma história duns alunos dele, tri-gaudérios.

O grupo foi tomar a vacina contra a H1N1, lá chegando o primeiro entra na sala e dá de cara com um negão "afiando a seringa".

O cara gruda na parede: "Sai fora! Cadê o Zé Gotinha?"


Ele toma a vacina e deixa a sala, entra o segundo e sem encostar a porta arria as bombachas até os tornozelos. O enfermeiro se assusta: "Qué isso?"

"Se é pra fazer, vamos fazer direito."


PS: Segundo meu irmão Dotô, a vacina pra H1N1 é aplicada no braço.

Feliz aniversário Hubble

Butterfly Nebula - Credit: NASA, ESA, and the Hubble SM4 ERO Team

No dia 24 de abril de 1990 o telescópio Hubble foi posto em órbita.

Depois de um começo perturbado e algumas missões de reparo ele continua tirando as imagens mais bonitas do nosso universo.

Tem um especial sobre o Hubble no site da Nature, não sei se é aberto, mas o endereço segue abaixo:

Hubble Space Telescope 20 years

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Trotskymóvel



Olha só o que eu encontrei aqui em Lages.

Creio que não é o mesmo, mas trouxe saudades.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

One for my baby...





Ontem precisei ir ao centro de Lages para enviar minha inscrição para um concurso. Muita coisa pra fazer, banco, cartório, correios. Mas nunca muito ocupado que não dê pra cumprir algumas recomendações da esposa.

Não sei se dá realmente pra tomar um café por outra pessoa, mas juro que eu tentei.

Café bem bom que fica num shopping no centro, é uma lojinha com nome alemão que tem chocolate de gramado, vinhos e café.

A dona adorou a minha bicicleta e me deixa estacionar lá enquanto faço minhas tarefas pelo centro.
Posted by Picasa

sábado, 17 de abril de 2010

Sobrinho remoto

Com a distância ficou muito mais difícil arrumar vídeos do Gabriel para compartilhar com as pessoas. Estou tentando muito gravar vídeo e som da minha tela, pra poder capturar as peripécias dele pelo skype. Enquanto isso ainda não rola, aqui vão dois que meu irmão me mandou.





sexta-feira, 16 de abril de 2010

Como era mesmo?

Eu e a esposa organizamos um plantão de dúvidas ajudando os garotos da Casa do Adolescente em São Paulo com os estudos. Foi um tempo interessante e onde percebi uma coisa bem complicada: Eu esqueci como foi aprendido um monte de coisa.

Eu sei ler, escrever, fazer contas. Mas não lembro como raios me ensinaram isso. Pior ainda, não lembro como eu fui ensinado bioquímica. É complicado ter uma quantidade grande de conhecimento sobre um assunto e tentar transmitir parte dele.

Esses dias em aula coloquei uma questão sem resposta exata, era para os alunos bolarem hipóteses do que PODE acontecer dada uma certa situação. Foi engraçado perceber como a incerteza teve um efeito estranho.

São cursos de engenharia e talvez estejam acostumados a respostas exatas, mas engenharia é o curso de resolver problemas, de arrumar aplicações práticas para o conhecimento e quando lidamos com processos naturais, as respostas não são fáceis.

Entendi a reação de alguns alunos como se a falta de resposta única tornasse todas as respostas erradas. Incerteza é diferente de erro. Incerteza nos leva a avaliar as possibilidades e escolher a melhor opção.

Será que eu consigo ensinar os alunos a ficarem sem saber?


PS: Toda vez que entro em sala lembro da Granny WeatherWax da série Discworld: "Não sou boa nessa coisa de ensinar, mas fica por perto que você deve acabar aprendendo alguma coisa."

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Maldito casco azul!



Hoje por recomendação de outro webcomic, encontrei o "Boxer Hockey", a tirinha acima é deles. Se você não joga Mario Kart ela pode não fazer tanto sentido, mas a idéia de como estou me sentindo hoje é bem fácil de tirar dali.

Lages em geral tem sido muito legal. Os colegas, os alunos, o micro-apartamento. Até hoje cedo a única reclamação que tinha era de ter tomado chuva e estragado meu celular. Mesmo isso era culpa minha, ao invés de tomar chuva eu podia ter tomado um táxi e ai ainda teria o meu aparelho.

Sou normalmente muito envergonhado e sem querer, virei uma sensação por aqui. Vou de bicicleta para todo lado e vivo ouvindo gente comentando da minha bicicletinha. A garotada do quarteirão já me parou para olhar e hoje o zelador do prédio perguntou se eu me importava de mostrar a bicicleta pro filho dele.

A dona do Café que vou lá no centro me deixa "estacionar" dentro da loja e já se ofereceu pra cuidar da bicicleta enquanto eu faço minhas compras no centro.

Me inscrevi para o concurso de professor efetivo aqui no CAV, estava bem feliz com a possibilidade de passar e a Renata se mudar pra cá. Hoje uma professora me avisou que minha inscrição foi indeferida.

O aviso não foi sacanagem, ela avisou para que eu conseguisse entrar com recurso. Tenho que fazer isso até amanhã. Tremendo balde de água fria.

Pra piorar andei fazendo umas contas: Duas vagas nesse concurso para efetivo são para Química e Bioquímica. Isso quer dizer que semestre que vem terão 8h a menos de aula para o prof substituto de bioquímica (aka. EU). Com 8h a menos meu salário vai pra ~R$1000.

Bem, R$300 de aluguel, R$500 de passagens entre Camboriu e Lages, não sobra muito. Hora de virar dono de casa em Camboriu e voltar a procurar concurso.

Não levem a mal, não é que eu estivesse com certeza que ia passar aqui, mas sim que estava muito esperançoso da esposa e eu finalmente nos arrumarmos em algum lugar, podermos mandar a mudança encalhada em Natal vir e ter outra vez a nossa casa. Além de poder voltar a pesquisa e outras atividades, algo que nessa procura por concursos, não sobra tempo algum pra fazer.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sonhos

Acredita-se que os sonhos sejam uma maneira do seu cérebro organizar as informações obtidas durante o dia. Catalogando, relacionando e reativando áreas para formar as memórias, limpar a casa para o dia seguinte.

Sonhamos várias vezes por noite, mas em geral só conseguimos lembrar de um sonho quando acordamos logo depois dele.

Sonhei várias vezes essa noite e acordei várias vezes assustado ou atormentado. Noite agitada essa.

Sonho 1:
Sonhei que minha mãe vinha conversar comigo e eu evitava a conversa, não queria contar para ela que me sentia responsável pela morte do meu irmão (meu irmão tá vivo, viu?) No meu sonho um homem me ameaçou para que eu guardasse um rifle em casa. Eu fui tentar descobrir o que se passava e persegui o homem depois. Quando finalmente consegui encontrá-lo ele me falou:

"Você não acha que deveria estar salvando a vida do seu irmão ao invés de me perseguir?"

Naquele momento, uma briga envolvendo o rifle e o fato de eu não estar em casa terminaram com a morte do meu irmão.

No sonho tudo isso já tinha acontecido, eu fugia da minha mãe, pois não conseguia contar a história pra ela, mas eu estava contando tudo que aconteceu para alguma amiga.



Acordei (4:30) me sentindo muito mal e assustado. Acendi a luz e fiquei algum tempo esperando o sono voltar pensando se devia levantar ou não. Depois acabei me escondendo nas cobertas e apagando de novo.

Sonho 2:

Sonhei então que estava dando prova para uma turma da faculdade. No meio da prova eles me devolveram com desenhos e rabiscos, acusando que eu não tinha ensinado nada daquilo.

A discussão tava indo sobre como iria ser feito, quando alguém me acertou um golpe por trás da cabeça. Eu reagi e a briga foi até que deixei o outro desacordado.
(não é normal eu ganhar brigas nos meus sonhos, em geral eu sou um lutador péssimo nos sonhos) Estava discutindo ainda sobre o que seria feito e sobre como eu deveria ter chamado a coordenação ao invés de brigar de volta...


...quando acordei de novo (5:30). Levei um tempo pra reorientar e lembrar que comparado com o sonho a prova que apliquei na 4a a noite até que foi muito tranquila. Peguei no sono mais uma vez, o relógio toca às 6:30 então melhor aproveitar mais um tempinho de sono.

Sonho 3
Fui convidado por uma turma de alunos a ir pra praia. Nos dividimos nos quartos, fui pegar minhas coisas pra tomar banho e dentro da minha mala só tinha galochas.

Pensei no que teria acontecido e nem lembrava de ter feito as malas mesmo.

Depois o resto dos alunos começou a chegar, pedi uma bermuda emprestada para um e pouco depois
o relógio tocou.


Acordar tomar café e de volta pra realidade.

domingo, 4 de abril de 2010

Trilha sonora

A Renata é muito mais ligada em música do que eu, tem gosto musical melhor e um vasto conhecimento discográfico.

Uma coisa divertida é arrumar trilhas sonoras para momentos da vida. O doutorado teve várias.

"Every breath you take" do The Police é perfeita para orientadores - Every breath you take, every move you make, I'll be watching you. "Fuck Forever", Babyshambles, era uma sensação constante - I'm so clever, but clever ain't wise.

Tinha a trilha sonora perfeita para a monitoria: "Oliver's Army" do Elvis Costello - I'd rather be anywhere else but here today.

Uma amiga que está numa fase de trabalho insana, lembrou de "Hard Days Night", The Beatles (dispensa trechos), mas me parece que tem embutida uma certa homenagem ao marido e filho.

Na fase mais complicada de trabalho em Natal, "Heavens Know, I'm miserable now", The Smiths, quase me fez chorar - I was looking for a job and then I found the job, Heavens know, I'm miserable now.

Por alguns momentos, quando passei na seleção em Lages, minha trilha pessoal poderia ser "Top of the world", Shonen Knife. E pra minha vida Lages-Camboriu "Roam", B52, parece apropriada. Ao me manter informado com notícias de meio ambiente para minhas aulas, "It's the end of the world as we know it", REM, me parece sombriamente adequado.

Mas me parece que trilhas sonoras combinam mais com momentos dramáticos, quando a vida vai bem ela parece ter uma música própria que dispensa explicações.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Beija-flor

Hoje voltando do almoço aqui no CAV vi um beija-flor preso do lado de dentro do prédio. Não sei como ele entrou, mas estava batendo nas portas de vidro sem conseguir sair.

Fiquei um tempo olhando enquanto ele ia de um lado pro outro.

Subi pra minha sala meio deprê, do jeito que ia o beija flor ia morrer ali mesmo, já que o metabolismo desses bichos é acelerado e não tinha comida dentro do prédio.

Cheguei na sala, liguei o computador e vinha uma imagem na minha cabeça do bichinho morto no saguão de entrada do CAV.

Peguei meu casaco, desci, joguei por cima do beija flor e arrastei ele pra fora. Deu um medão de ter matado o bicho, mas assim que abri o casado ele disparou pra fora.

Ninguém viu, nenhuma grande lição aprendida ou mérito ganho, mas tô me sentindo bem como a muito tempo não ficava.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Professor Dan

Para os que já enjoaram de me ouvir falar que virei professor, só lamento, é disso que minha vida se trata ultimamente. O tempo que não estou dando aula, estou preparando aula ou corrigindo coisas da aula. Se sobra alguma coisa é pra estudar prum outro concurso de professor, dessa vez de efetivo.

Apesar do tom ocupado, estou curtindo muito a experiência e vejo como é diferente a abordagem de cada um. Eu me sinto aleijado se não tiver um data show comigo, quando preciso uso a lousa, mas meus desenhos e garranchos não ajudam muito.

Tem um professor que dá aula antes de mim que faz uma lousa linda, aula de biologia molecular, eu fico impressionado.

Hoje fui motivo de gozação (bem humorada, creio eu sem maldade) pois fiz um experimento em sala de aula e para isso precisava de um balde e detergente. Onde já se viu professor andando por ai com um balde d'água e um frasco de detergente?

Foi bem divertido, com a turma maior eu usei a câmera do laptop para transmitir a imagem pelo datashow. Uma aluna segurou o computador em cima do balde.

A aula era de lipídeos, quis exemplificar a organização dos lipídeos e usar como gancho para estrutura de membranas. O experimento é assim (faça em casa se quiser):

1) Balde, bacia ou vasilha, de preferência de cor escura.
2) Coloque água (não precisa encher, até a metade tá bom).
3) Jogue na superfície farinha ou amido, eu usei pó de giz.
4) Pegue algo pequeno, lambuze a ponta com detergente e encoste no centro da superfície.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Atualização.

No último capítulo de Jambo e Ruivão... tinha um desenho velho que começava assim, sempre que tenho que retomar um assunto fico com vontade de falar isso.

E o assunto a retomar é: O QUE ACONTECEU COMIGO?

Passei na seleção para professor colaborador (substituto) na UDESC em Lages e os caras me queriam pra ontem. Preparar aula, organizar cronograma da disciplina, montar material didático, tudo as pressas, mas estou gostando e finalmente tenho um tempinho e disposição pra escrever.

Primeiro, logo na chegada a chuva que tomei em Lages molhou meu celular, deixei numa assistência aqui em Lages, vamos ver se tem salvação.

Passei por praticamente as duas primeiras semanas de aula. Consegui me orientar com os alunos da ambiental e agora só tenho aulas de 4a à 6a. Entretanto devo pegar umas aulas da veterinária, provavelmente enchendo a semana de novo.

A aula tá indo bem, tive a primeira aula de exercício e acho que isso ajudou bastante, pelo menos a aula de exercício foi bem mais animada que as aulas expositivas.

Estou morando bem perto do trabalho, mas estou na região onde ficam as repúblicas, confusão razoável dia sim, dia não. Foi pior quando estava perto da Festa da Nona. Todo semestre a Nona turma dá uma mega festa. Eles entram fantasiados no campus, pintam os outros alunos, tudo isso com um carro de som tocando muita música.

Fiquei impressionado com duas coisas:

1) a qualidade das fantasias. Eu não esperava tanta fantasia legal.
2) Eles fizeram e gravaram um funk da Festa da Nona. A gravação era boa, não gosto muito do estilo, mas o cuidado com os preparativos são algo.

Como eu falei, eles invadem o campus e saem pintando os outros alunos, adivinha só? Com a minha cara de moleque, tentaram algumas vezes me cobrir de tinta. Consegui chegar limpinho e seguro na sala dos professores.

Quem quiser ver umas fotos, eu coloquei aqui.

Só vou colocar aqui a melhor fantasia da festa na minha opinião:
Não acreditei quando vi esse cara de Homem Codorna.

domingo, 7 de março de 2010

Batismo em Lages

O sul em geral me trata bem. O mestrado em Porto Alegre foi das fases mais divertidas e produtivas da minha vida.

Tenho família em Florianópolis, então quando a Renata passou num concurso em Santa Catarina não houve discussão quanto a deixar Natal.

No meio do caminho a Re viu uma seleção para professor substituto em Lages. São umas 4h entre Camboriu e Lages, mas é razoavelmente perto e a vaga pode me dar alguma experiência didática que falta no meu currículo.

Passei na seleção e ai foi questão de começar os preparativos. Comprei a bicicleta dobrável com o intuito de me locomover de casa até a rodoviária em uma cidade, embarcar a bicicleta e quando chegar no destino é só desdobrar e ir pra casa.

Acontece que as aulas já começaram e eu estava atrasado. Precisava ainda arrumar um lugar pra ficar em Lages, internet, todas essas coisas.

Vi um apartamento pequenininho, mobiliado, perto da universidade, bem o que eu precisava. Fui alugar com medo, minhas experiências com aluguel até agora sempre foram de muita confusão.

Precisei de um comprovante de renda da universidade, saiu na hora. Opa!

Chegamos pra alugar, entregamos os documentos e pedi urgência.

Faremos a vistoria amanhã. Passa no fim da tarde pra pegar a chave. Aproveita já passa na Selesc e pede pra ligarem a luz que pode demorar uns dias.


Na Selesc, entreguei o documento, endereço e a moça avisou:

Leva de 2 a 5 dias úteis para instalar. Mas as vezes tem ficado pronto no dia seguinte.


No dia seguinte fui comprar coisas pra casa pra adiantar (roupa de cama, produtos pra faxina, água). Terminamos de comprar e almoçar umas 14h, decidi passar na imobiliária e o contrato já estava pronto. Assina tudo, pega as chaves e quando chegamos no apartamento, a luz já estava pronta pra usar.

Muito rápido, sem enrolação, to adorando isso aqui.

Voltamos pra Florianópolis passar o final de semana em família e hoje a tarde voltei pra Lages, testar a combinação rodoviária + bicicleta pela primeira vez.

A Re me levou até o posto rodoviário de São José, infelizmente quando fui tirar a bicicleta do porta malas a sacola ficou presa em alguma coisa e fez um rasgo na lateral.

Apesar da empresa de ônibus falar que não, o motorista faz uma parada na entrada de Lages que fica bem mais perto da minha casa, mas pra descer tinha que ficar com as coisas em cima. A bicicleta é um pouco trambolhuda, mas o ônibus tava meio vazio então ela foi ao meu lado.

Dormi a maior parte do caminho e pegamos um pouco de chuva no caminho. Ao desembarcar não estava chovendo, desdobrei a bike e pra minha surpresa quando estava no meio do caminho despencou um puta toró. Fiquei encharcado. Cheguei em casa molhado, com frio e preocupado se as minhas coisas estavam bem.

Felizmente tirando uns papeis molhados tudo parece em ordem e andar na chuva é bem divertido (depois que a preocupação com as coisas passou deu pra sacar o quanto tinha curtido o passeio).

Troquei de roupa, enxuguei o que deu, instalei o chuveiro (ainda não estreei), comi um sanduíche de peito de chester com mostarda e fiquei um bom tempo brigando com o 3G até que ele estabilizou e consegui conversar com as pessoas pelo Skype, avisar que a viagem foi tranquila e estou em casa (uma delas pelo menos).

Amanhã dou minha primeira aula como professor colaborador (substituto) e estou com o estômago reclamando e arrepios de tempos em tempos. Fico tentando me convencer que é comida inadequada e frio, mas finalmente estou deixando de ser aluno e passando para o outro lado da força.

Estreia na sala de aula amanhã.

sábado, 6 de março de 2010

Mico do Ronaldo?

Outro dia vi na TV o comercial do Guaraná Zero com a proposta de fazer o Ronaldo pagar um mico.



Primeiro achei a idéia engraçada, mas dai pensei em que mico poderíamos escolher para o Ronaldo.

1) O Ronaldo poderia ter que fazer um corte de cabelo ridículo:



hmmm. Não.

2) Então ele poderia ter que sair com um travesti.

Travesti André Albertino exibe o documento do carro de Ronaldo que ficou com ele

é... bem... então que tal:

3) Ele tem que dar nome de palhaço pro filho.

Veja – O primeiro vai se chamar Ronald. Por que não Ronaldo?
Ronaldo – Não queria que fosse igual ao meu nome, queria que fosse parecido. Não queria fazer como o Romário, que botou Romário, Romarinho... E também porque a Milene gostou do nome. A gente come muito no McDonald's, e tem o Ronald McDonald lá. Aí, ficou Ronald.



Não tem jeito, o Ronaldo conseguiu, ele é imicável. O cara já pagou tudo quanto é mico possível. Então que tal ao invés de pagar um mico idiota qualquer (que ele já faz de graça) o cara não larga mão de promoção idiota e doa o cachê dele para alguma causa social que ele acredite. Sabe, ajudar as pessoas que o dia a dia é um mico só.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Viva a liberdade!!!


Por necessidades trabalhistas decidi contratar um serviço 3G. Meu primo falou bem da Claro aqui em SC então foi ele mesmo.

Primeira coisa na loja foi me certificar que se algo desse errado teria 48h para devolver o produto. Apesar disso constar do código do consumidor é bom que o atendente passe por escrito pra facilitar evitar problemas.

Depois de conversar um pouso sobre os planos fiz a pergunta fatídica:

"Roda em Linux?"

Ela nem desconversou: Não roda de jeito nenhum. Nenhum modem 3G roda em Linux.

Fiquei cabreiro, mas é uma necessidade nessa nova fase, então fechei negócio. Plano de 1Gb, que pode aumentar o limite caso precise no futuro.

Cheguei no hotel e fui instalar o dito cujo no windows vista. Ele entra e procura os drivers, depois de um tempo instala o programa da claro, entra no programinha e... NADA.

A luz tava azul, então ele encontrava a rede 3G, mas por algum motivo, nada do Vista conversar com o modem. Reinicia, pluga, despluga, roda o programa tudo de novo, reinstala. Finalmente rodou.

Fui direto ao google procurar por "3g claro ubuntu". Depois adicionei ainda o modelo do modem Huawei E156B. Resultado da busca, esse modelo tem suporte linux.

Reiniciei o notebook e entrei no Ubuntu. No ícone de conexão de rede tinha a opção de "Banda larga móvel disponível", entrei lá e ele perguntou: País? Brasil. Operadora? Claro. Confirma? Sim.

A luz ficou azul e cá estou navegando. Não só rodou no Linux, como foi muito mais fácil configurar. Adoro essa coisa de software livre.


Editado 03/03/2010 22:00

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Dahon Curve D3



Não é arte moderna, nem sofri acidente. Esse é o meu novo brinquedo/utilitário. As novas definições nas minhas atividades trabalhistas vão gerar a necessidade de viajar entre duas cidades com certa frequência.

Com um pouco de sorte poderei andar de bicicleta em qualquer uma dessas duas cidades, ai veio a idéia de levar minha bicicleta comigo. Tinha lido por ai sobre bicicletas dobráveis, mas nunca fui atrás dessas coisas.

Como a necessidade surgiu corri atrás e rapidinho me informei sobre marcas e modelos. Marca a única que me sugeriram sem ressalvas foi a Dahon. Quanto aos modelos estava na dúvida entre a Curve D3 e a Eco D3 (mais barata). O test drive e uma geral nos extras da Curve na FreeCycle me fizeram decidir por ela mesmo sendo mais cara que a Eco.

A bicicleta desdobrada fica assim. Dá pra usar o sofá atrás como referência.

O plano é: Pegar minha mochila, ir de bike para a rodoviária, pegar ônibus para outra cidade. Na outra cidade, desdobra a bicicleta e pode ir montado nela pra casa.

Uma coisa ainda incomodava, apesar de desmontada ela ficar bem legal estava com medo de não deixarem embarcar, arrumar alguma confusão. Então precisava de uma capa.

Fui atrás de alguma loja de embalagens, mas domingo é difícil encontrar essas coisas. estava pensando em comprar tecido e mandar alguém costurar, ai minha mãe entrou na história.

Ela lembrou que tinha umas cortinas velhas que ia jogar fora e se ofereceu pra montar a sacola pra mim. Duas opções de estampa: bambu ou smurfs. E foi assim com muito suor e trabalho da mama que consegui uma linda sacola para carregar a bicicleta nos momentos que ela não estiver me carregando.

Bicicleta dobrada e ensacolada.

Como vai ficar carregando a bicicleta na sacola.

Ainda bem que eu não preciso pagar a mão de obra, médica costureira deve cobrar uma nota por hora. Ficou bem legal e como é reaproveitamento de pano é até ecológica. A mãe acha que não vai aguentar muito, já que o pano é bem velho. Bem, eu vou aproveitar enquanto der e até ela se desfazer.

EDIT: Quanto a bicicleta, no mesmo dia que comprei fiz o meu real test drive. Coloquei no porta malas de um amigo que me deu carona até a Henrique Schaumann. De lá fui com a Dahon até em casa, quase 9km de São Paulo, com muita subida e buraco.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval

Carnaval é uma ótima oportunidade para fugir do mundo. Andava decidido a passar o carnaval em São Paulo aproveitando que a maioria da população saiu da cidade e quem sobrou estava se apertando no sambódromo.

Entretanto surgiu uma prova, a Re foi pra Bauru (pra me deixar sozinho estudando) e São Paulo pareceu bem chata. Uma fuga um pouco diferente foi seguir para o sítio da minha tia e passar uns dias de carnaval com a família no mato.

Curiosamente (ou nem tanto) sem internet e televisão por perto meu estudo rendeu muito mais. Outra coisa interessante foi perceber o quanto minha visão da bioquímica mudou com os anos.

Por um lado existe um fardo, eu tenho perfeita noção do quanto falta ler e, por já saber muito do que se passa, algumas coisas são bem árduas para estudar.

Entretanto, essa nova leitura permite entender como as coisa se encaixam muito melhor que a primeira vez que estudei.

Muitos cursos de bioquímica que passei apresentam a matéria como caixinhas, Glicólise, Ciclo do ácido cítrico, Via das Pentose fosfato. A minha bagagem atual ajuda a ver melhor como essas caixinhas se conectam, como mexer em um pedaço tem efeito em todo o resto, como a bioquímica é bonita.

Será que alguns professores que eu tive falhavam em passar isso, ou simplesmente eu era jovem demais e sem o conhecimento necessário, para apreciar a beleza dessas reações que chamamos de vida?

Nas horas vagas entre confabulações, conversas e comidas tive tempo para cumprir meu papel de babá com PhD e ainda gravar alguma coisa no processo.

Para os que só aparecem aqui pra ver o Gabriel, aqui vai um videozinho dele, meio mal gravado, mas fazer o que, a câmera estava apoiada no sofá enquanto brincávamos.



Tem outro aqui, produção artística em grupo, eu no vocal e coreografia das tias da escolinha.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Man of wealth and taste

E agora, é o meu prazer apresentar, o mundialmente famoso, meu sobrinho, GABRIEL OKIMURA KERR!!!




Ou como ele tem preferido, Ieiel Mumu Quéé.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Vencendo a Rainha de Copas

"It takes all the running you can do, to keep in the same place." - A Rainha de Copas em Alice através do espelho, de Lewis Caroll

Em biologia a hipótese evolutiva da Rainha de Copas pode ser determinada desta maneira: Para um sistema evolutivo, é preciso haver um desenvolvimento contínuo para manter a aptidão relativamente aos sistemas com o qual estão a co-evoluir.

Trocando em miúdos, uma vez que parte das pressões seletivas para evolução são outros organismos biológicos, quem para de evoluir é extinto.

No combate a parasitas uma arma importante é SEXO. Espécies que não fazem sexo não conseguem evoluir rápido o suficiente para combater parasitas. Curiosamente, o rotífero Bdelloid passou os últimos 30 milhões de anos sem fazer sexo e vai muito bem obrigado.

Um grupo pode ter desvendado como o rotífero consegue. A chave para a sobrevivência do rotífero na corrida da Rainha de Copas? Não jogar.

Normalmente se uma colônia do rotífero é infectada com o fungo predador, os rotíferos são extintos. Entretanto, o que descobriram é que o rotífero resiste à seca, ele tem mecanismos internos que permitem a anidrobiose, vida na ausência de água, podendo ser re-animado quando a água voltar.

Se conseguir ficar sem água por mais de 3 semanas o rotífero "escapa" temporalmente do predador, que não resiste tanto tempo desidratado.

Além disso o rotífero em anidrobiose é facilmente carregado pelo vento, enquanto seus predadores naturais, não. Dessa forma fugindo de predadores no espaço e no tempo quando dá.

Aqui tem um vídeo bacana que o Science Friday fez sobre a história, é em inglês:

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Bueno 2 - Fotos

Quando falei do Bueno eu fiquei devendo as fotos. Fui com a Renata uns dias atrás e aqui vai o resultado.

Acho que a coisa iria muito melhor se eu fosse mais cara de pau, podia pedir pra tirar uma foto do balcão, da equipe, da fachada. Mas como eu sou tímido, só tirei da nossa comida.

Tem um trio de entradas... é mais uma dupla já que pedi repeteco de porco cozido na entrada, o outro é kimchi (ou kimuti como eles escrevem no cardápio).


A outra foto mostra um domburi de lingua grelhada com molho da casa (levemente apimentado, vai alho e óleo de gergelim).

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O mal dos orientais...

Apesar da origem mestiça eu sofro do grande mal dos japoneses, isso já rendeu muita piada, mas o que quero dizer é que sou fraco para bebida. Em inglês denominam Asian Flush, referência a cor vermelha que muitos orientais adquirem ao beber álcool.

Aproximadamente 15% dos orientais tem uma mutação na enzima Álcool desidrogenase. Essa mutação faz com que a enzima funcione muito mais rápido, levando ao acúmulo de aldeído no organismo, o que é tóxico.

Como consequência muitos orientais são fracos para álcool e uns pobres coitados sofrem uma verdadeira alergia etílica. Evolutivamente faz sentido que uma mutação seja mantida quando é inócua, ou apresente alguma vantagem. Por exemplo, anemia falsiforme é uma doença terrível, mas confere uma certa resistência à malária.

Mas fica a dúvida, qual a vantagem de vomitar muito com pequenas quantidades de álcool?

Cientistas avaliaram a presença dessa mutação em chineses e encontraram uma correlação. Aparentemente os locais com maior incidência da mutação coincidem com focos de domesticação de arroz. Sinais arqueológicos também apontam para o uso do arroz para produção de álcool.

A hipótese apresentada pelos cientistas atualmente é que a mutação se manteve pois pessoas que passam muito mal com álcool tendem a manter distância dele, diminuindo a chance de tornar-se um alcolista e consequentemente descuidando da família e trabalho.

Não se sabe ainda como (ou se dá para) testar essa idéia, mas é interessante entender um pouco mais o porque que um copo de cerveja me deixa vermelho e tonto e por que raios uma característica dessa representa uma vantagem.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Enquanto isso em Bauru

Vim passar uns dias em Bauru com a Re e família enquanto nosso futuro é decidido por nós em outros lugares. Aguardar chamada de concurso é um caos. Se eu que estou só acompanhando estou mal, imagina a Re.

De qualquer forma viemos passar uns dias aproveitando estadia di gratis com a família.

Uma coisa boa é que o cinema aqui é bem mais barato que em São Paulo. Uma sala decente custa aproximadamente a metade do preço, excelente para quem caiu no limbo dos sem-meia-entrada e sem-emprego.

Algumas bizarrices de Bauru:

1) Tinha uma sorveteria muito boa, Quatrina, que estava fechada, não sabemos desde quando, pelo menos desde a virada de ano.

Arrumamos uma outra sorveteria, não tão boa, mas bem mais barata, não tem placa na frente, mas o sorvete é legal com uns sabores inusitados: Leite ninho, 4 leites (integral, condensado, de coco e doce de leite) com morango, chiclete, diversas variações de chocolate (charge, suflair, meio amargo, ao leite, ao leite com pedaços, etc.).

Hoje passando em frente vimos que a Quatrina re-abriu as portas. Onde já se viu, sorveteria que fecha durante as férias escolares?!

2) Aqui vai ter show do A-HA, the farewell tour. Ingresso à R$350!!!

3) No dia 29 de janeiro teve num shopping o tradicional nhoque da sorte, acompanhado de show do Jerry Adriani.


Não vamos em nenhum desses shows, mas pelo menos rendem umas risadas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Liberdade mesmo que trampo...

Faz um tempo comecei a usar o Ubuntu Linux e a advocar pelo software livre para todos meus conhecidos.

Recentemente os Windows nos laptops da Re e do meu irmão estavam dando muito trabalho, atendendo a pedidos e com um pouco de forçassão de barra da minha parte instalei o Ubuntu para eles também.

Como meu irmão só queria um computador para o geral, internet e office, não teve problema algum até agora, são coisas que o Ubuntu faz muito melhor que o windows.

O que começou a azedar foi a Apple. O Ubuntu vai muito bem obrigado no que é livre, nos códigos abertos, entretanto nas particularidades a coisa vai cano abaixo.

Não existe software decente para gerenciar iPod no Ubuntu. Como os bancos de dados e códigos do iPod são proprietário a maioria dos programas para gerenciar apresenta um ou outro problema.

Rhytmbox é uma droga para gerenciar playlist.
GTKPod não permite alterar a ordem das músicas em uma playlist e não tem um player embutido.

Vendo as opções a Re encontrou o YamiPod. Parecia a coisa mais interessante, mas a instalação foi um caos.

INSTALANDO O YAMIPOD

O YamiPod depende da biblioteca libstdc++5. Infelizmente no Ubuntu 9.10 ela foi substituída pela libstdc++6. Encontrei como concertar essa dependência aqui.

É fácil, basta baixar a biblioteca da versão anterior e instalar. Eu peguei aqui no depositório do Ubuntu.

Um problema é que o Yami tem que ter o ipod com o banco de dados no formato do iTunes, então se tiver aberto em outro programa ele não reconhece. É importante que seja uma versão 8 ou antes do iTunes, pois na 9 foi mudado o formato do banco de dados e o Yami não reconhece mais. Eu não sabia disso primeiro então instalei o iTunes 9, fiz tudo errado, desinstalei, instalei a versão 8 e ai foi tudo ok.

Peguei a versão anterior do iTunes aqui e instalei na minha partição do Windows. Rodei uma vez o iTunes com o meu iPod e o Yami reconheceu.

Realmente parece ter todos as características que a Renata queria para usar o iPod, um problema a menos para usar o Ubuntu.