domingo, 29 de março de 2009

É Natal, é Natal, é Natal...



Estava comentando sobre o Show do Radiohead com a minha mãe. Certo momento ela faz a pergunta fatídica:

“O que torna essa banda especial?”

Meio brincando eu respondi.

“Eles me entendem.”

Todos caímos na risada, mas não era de todo uma piada. Existem momentos em que alguma música parece te entender melhor do que você mesmo seria capaz. Por isso que ao deixar uma São Paulo cinzenta para trás, digitando no meu laptop esse texto num avião sobrevoando algum lugar que parece bater com o que as pessoas consideram paradisíaco, me sinto muito mais tranquilo ao ouvir as guitarras carregadas e o Thom Yorke falando:

“What the hell I'm doing here?”

Essa sensação deve ir diminuindo com o passar dos dias, mas já estou sentindo falta de todo mundo que eu deixei pra trás no aeroporto e em São Paulo.



Entrei tranquilo no Avião, esse tem aqueles compartimentos grandes em cima e a aeromoça ofereceu ajuda pra acomodar a Carmem. Triste que só tinha espaço lá na frente. De tempos em tempos eu me forço a lembrar que o violão está lá na frente, não posso esquecer. Meu lugar fica um pouco atrás da asa.

No começo do vôo fiz origamis. Agora não sei onde eu deixo eles. Legítimo turista japonês bati umas autofotos e outras pela janela do avião. Estava pensando em comparar a saída de São Paulo e a chegada em Natal.

Dei sorte que o lugar ao meu lado está vazio. Então estou conseguindo um espaço extra para minhas tralhas. Ainda não tenho as habilidades do meu pai para viajar. Montar o laptop, pegar papel de origami, pega iPod, guarda iPod, onde vai a câmera... se bem que a tralha do meu pai quando viaja é bem outra.

A bateria aqui anuncia que tem perto de 1h40min de duração. Considerando que estou digitando o texto e ouvindo música nele acho que não está mal. O espaço ficou bem ruim aqui quando o carinha da frente deitou o banco e agora entendo uma reclamação de algumas pessoas sobre a tela reflexiva dos notebooks HP, tenho que ficar mudando de posição para ver a tela inteira.



A chegada à Natal trás uma surpresa, a cidade está nublada. Mas isso não impede que esteja quente. Mais tarde o comentário do Dedé, o taxista quase me fez pedir a passagem de volta: “Hoje está fresquinho”.

Não esqueci da Carmem, mas a ida ao banheiro carregando mochila e violão foi meio complicada. Demorou muito pra minha mala aparecer. A TAM deve ter feito uma nota de excesso de bagagem. Eu achava que estava com muita coisa, a mala que a tia me arrumou ficou pequena perto dos outros.

Algumas informações do aeroporto até a pousada. O aeroporto não fica em Natal, fica em Parnamirim. A via que vai do aeroporto até Natal é a BR-101. De novo o Dedé: “Naquela direção termina no mar, na outra vai até o Rio Grande do Sul”.

Me senti um pouquinho BR-101 naquele momento.



A pousada é simpática e tem café da manhã e internet. Duro que meu quarto fica no segundo andar e o acesso é uma escada em caracol, quase arriei pra levar toda a bagagem até em cima.

Já dei uma voltas, jantei um sanduiche de carne de sol e queijo coalho (x-sertanejo) e tomei um suco de graviola "industrializado". Estou me preparando pra dormir e recebi a melhor notícia do dia a Renata já está com passagem comprada para passear aqui no feriado de Tiradentes.

Quem sabe logo, logo estou alugando um lugarzinho pra gente aqui. Cheguei em Natal.

Posted by Picasa

3 comentários:

  1. Hummm, queijo de coalho... Bem, eu cheguei ao seu blog através duma amiga. Ela me enviou um link para o seu post que fala do Chi-fu. Também tenho histórias engraçadas sobre o restaurante antigo, aliás, quem não as tem? Abraço.

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  2. Aproveite bastante para depois me passar as dicas...trabalho é bom, mas é muito.

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  3. Uia, Sakana-san é a primeira pessoa que eu não conheço a se identificar por aqui... se bem que teve uma outra no Darwin Day, mas estavam só fazendo propaganda de livro. Chi fu é bem legal, a comida é boa e vale a "experiência cultural". Vou sentir saudade.

    Rê, parece que o sanduíche de carne de sol é um prato típico, tem até no shopping.

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