quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tudo tem que mudar, pra continuar a mesma coisa...

Mês passado participei de um evento no IQ USP sobre concursos, currículos, essas coisas. Foi interessante, pois os outros membros da mesa eram bem mais experientes no lado banca do que no lado candidato. Foi bem interessante, muitos questionamentos sobre o formato de concursos, essas coisas, outra hora escrevo sobre essas coisas por aqui.

Essa semana um depoimento meu apareceu na Folha de São Paulo, sobre os problemas enfrentados por aqueles que fizeram uma graduação pouco tradicional na hora de prestar concursos.

Voltando ao mês passado, quando estava em São Paulo para o evento, fui contatado sobre um concurso que prestei em 2008. Surgiu mais uma vaga e curiosamente, depois de rodar o pais atrás de emprego, fui chamado para o primeiro concurso que prestei em São Paulo mesmo.

Se tivesse como saber o futuro podia ter ficado em Sampa mesmo só queimando as economias esperando ser chamado.

Mas a experiência de rodar o Brasil foi muito boa. É interessante ver que SP é uma bolha, uma ilha dentro do país. Uma ilha de contradições, progresso e conservadorismo, dinheiro, pobreza e exploração, tolerância, mas ao mesmo tempo homofobias e xenofobias.

Em parte é bom estar voltando, mas não garanto que seja pra sempre, tem muita coisa importante a ser coordenada até fincar raízes de vez. Por enquanto, tô mais pra um vasinho que pode ir de um lado pro outro, procurando onde tem mais água e sol.

Um comentário:

  1. Oi Daniel,
    Para onde vai em SP?? Mudança a vista?
    Imagine o que passamos aqui na UFABC, que tem como proposta incentivar a interdisciplinaridade desde o 1o ano da graduação.
    Como disse o Garrincha na copa de 50 sobre como os russos iriam jogar para a tática de jogo do Brasil funcionar: "mas voces avisaram os russos de como eles devem jogar?". Pois é, não avisamos os sistemas de avaliação que nos engessam.

    Somos disciplinares e numerologistas. Não se enxergam as nuances, não se aprovam projetos ousados, não se aceitam pesquisadores sem rótulo conhecido. Esta é a cara da "nova" velha ciencia brasileira!
    Isso vai mudar, pois não se sobreviverá mais no sistema antigo. Como todo ciclo natural, a ciencia se renova quando os cientistas morrem.....

    Abraços, e beijos à Rê.

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